segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A necessidade de tempestade na vida de um cristão...


Sl 119. 81 - 88; Jr 23. 16 - 29; Hb 11. 17 – 31; 12. 1 - 3; Lc 12. 49 - 53

A necessidade de tempestade na vida de um cristão

Quando tudo está seco devido à falta de chuva, tudo fica triste e difícil. Falta cor, falta alimento para os animais, seja o capim ou a água. Em algumas regiões, até mesmo os seres humanos sofrem por falta de água. E nesse período o que mais se espera é a chuva. Apenas a notícia de chuva já anima as pessoas. Mas, imaginem! Tudo seco e chega alguém dizendo que ficará mais seco ainda?

Foi o que o profeta Jeremias fez, mas, seu anúncio foi de uma tempestade e essa com seus prejuízos.

O profeta Jeremias entre os anos 597 – 587 a.C., anunciou ao povo a necessidade de se submeterem a Babilônia, a potência mundial naquele momento. A mensagem anunciada pelo profeta dizia que o exilio babilônico com duração de 70 anos era da parte de Deus, e que o “grande” Nabucodonosor era servo nas mãos de Deus para cumprir essa vontade.

Em dias ruins, a notícia não estava sendo animadora. Era como se no período de estiagem, ouvissem o anúncio de mais um longo período sem chuva.

No entanto, esse anúncio, visava à vida do povo. Afinal, essa mensagem tinha por objetivo levar o povo ao arrependimento, a voltar-se para Deus de quem haviam se afastado e corriam o risco de se afastar ainda mais.

Enquanto Jeremias comunicava a vida, chamando o povo ao arrependimento, anunciando um período de turbulências, os falsos profetas buscavam conquistar o povo através de suas mensagens com falsas esperanças. Enquanto Jeremias anunciava a tempestade a qual povo de Deus atravessaria, os falsos profetas anunciavam que tudo estava bem e que a tempestade não iria acontecer.

Distorcendo a mensagem do profeta Jeremias, e levando ao povo uma suposta mensagem de paz, os falsos profetas levaram o povo e o rei Zedequias à insurreição, e assim, Jeremias tornou-se impopular (37.11 – 16).

A mensagem da vida, chamando o povo ao arrependimento continua sendo anunciada. No entanto, para muitos ainda continua sendo melhor ouvir pregadores populares com suas mensagens de que com 10% tudo se resolve, que um copo de água cura, que jejum é caminho de vitória.

Enquanto que supostos pregadores da paz e de falsas esperanças anunciam uma mensagem de uma vida de “mar de rosas.” A Palavra de Deus com seus profetas nem tão populares, anunciam a vida dizendo que Deus busca um coração verdadeiramente arrependido ao invés do jejum, a oferta com resposta da fé e alegria pela salvação, e o perdão obtido por Jesus na cruz como cura da maior doença, o pecado.

A Palavra de Deus anuncia que não estamos livres das tempestades, mas que em qualquer que seja a tempestade, Deus está conosco. A tempestade faz parte da vida do cristão. O cristão sofre, fica doente, tem apertos financeiros, é abalado por tragédias. E tudo isso, porque mesmo sendo filho de Deus através do batismo, continua sendo um pecador. E por ser pecador, todos nós necessitamos ouvir o convite ao arrependimento. E Deus nos garante de que o pecador arrependido, agarrado pela fé em Jesus, recebe o perdão de todos os seus pecados.

Nosso inimigo, ardiloso como o é desde o inicio, busca de todas as maneiras nos afastar da fé em Jesus. E como sempre fez, continua fazendo, ou seja, por meio de falsos profetas. O próprio texto de Jeremias 23.28 fala sobre isso: “O profeta que teve um sonho devia contá-lo como um simples sonho. Mas o profeta que ouviu a minha mensagem devia anunciá-la fielmente. Que vale a palha comparada com o trigo?”

Sem nenhum receio e sem julgar a IELB superior, nós temos a verdade.

O apóstolo João em seu evangelho cap. 8. Vv. 31 – 32 diz: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” E Judas, não o traidor, o outro, disse: “Meus queridos amigos, eu estava fazendo todo o possível para escrever a vocês a respeito da salvação que temos em comum. Então senti que era necessário escrever a vocês a respeito da salvação que temos em comum. Então senti que era necessário escrever agora para animá-los a combater a favor da fé que, uma vez por todas, Deus deu ao seu povo” (Jd 3). Judas nos convoca para a defesa da doutrina pura, não podemos ter vergonha de confessar que possuímos a verdade, pois ela é Cristo.

Em sua segunda carta o apóstolo João disse: “Quem não fica com o ensinamento de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus. Porém quem fica com o ensinamento de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém for até vocês e não levar o ensinamento de Cristo, não recebam essa pessoa na casa de vocês, nem lhe digam: ‘que a paz esteja com você.’ Pois quem deseja paz a essa pessoa é seu companheiro no mal que ela faz” (2Jo 9 - 11). Por essa razão, precisamos entender Lutero, que no final do debate sobre a santa ceia, esse não estendeu a mão a Zwínglio. Afinal, Lutero não estava de acordo com Zwínglio por não estar de acordo com a Bíblia a respeito da santa ceia.

O “politicamente correto” está causando enormes prejuízos a verdade.

O apóstolo Paulo anuncia ao jovem pastor Timóteo: “Cuide de você mesmo e tenha cuidado com o que ensina. Continue fazendo isso, pois assim salvará tanto você mesmo como o que os escutam” (1Tm 4. 16). Os cristãos da Galácia acabaram permitindo que falsos mestres adentrassem em suas congregações, e por isso foram repreendidos por Paulo: “Vocês estavam indo tão bem! Quem convenceu vocês a deixarem a verdade? É claro que quem os convenceu não foi Deus, que os chamou. Como dizem por ai: ´um pouco de fermento fermenta toda a massa’” (Gl 5 7 – 9). Cuidado! Muito cuidado! Um único ensino falso, sejam, por hinos ou palavras, estraga todo o corpo da doutrina cristã. E ensino distorcido da Palavra de Deus é o que mais temos em nossos dias. Por isso, é importantíssimo que nós que temos a verdade, cultivar, confessar e ensinar a verdade de todas as maneiras possíveis.

A verdade que é Jesus Cristo precisa estar em evidência. Mas, não é qualquer Jesus. É o salvador de todos os homens, o verdadeiro Homem e o verdadeiro Deus.

O Profeta Jeremias anunciou a tempestade, sendo essa a queda de Jerusalém, ao dizer: “Pois eu resolvi não proteger esta cidade e sim destruí-la. Ela será entregue ao rei da babilônia, e ele a queimará completamente. Eu, o Senhor, estou falando” (Jr 21.10). Essa notícia inflamava o coração das pessoas. E os falsos mestres se aproveitavam para anunciar falsas esperanças, “a desgraça não cairá sobre vocês.”

Junto com o profeta Jeremias haviam os profetas Ezequiel, Daniel, Naum, Habacuque e talvez Obadias e Sofonias. Isso indica que metade dos profetas atuava nesse período. O povo não tinha desculpas. Deus enviou profetas por amor ao seu povo. O anúncio da tempestade era por amor ao povo.

A ira de Deus, que seria manifestada pelo cativeiro babilônico, era a lei de Deus, usada como convite ao arrependimento.

O apóstolo Paulo na sua carta aos Romanos anuncia: “Do céu Deus revela a sua ira contra todos os pecados e todas as maldades das pessoas que, por meio de suas más ações, não deixam que os outros conheçam a verdade a respeito de Deus”(Rm 1.18) e “Nós sabemos que tudo o que a lei diz é dito para os que vivem debaixo da lei. Isso a fim de que todos parem de se justificar e a fim de que todas as pessoas do mundo fiquem debaixo do julgamento de Deus. Pois ninguém é aceito por Deus por fazer o que a lei manda, porque a lei faz com que as pessoas saibam que são pecadoras” (Rm 3. 19 – 20).

A lei nos coloca no mesmo saco. A lei nos trata igualmente. O Espírito Santo nos convence do nosso pecado. E esse convencimento é feito pela pregação da Palavra de Deus. O povo não quis dar ouvidos a voz do profeta Jeremias e sim dos falsos profetas. Por que? É agradável ouvir o que se quer.

Jeremias colocou o dedo na ferida e apertou, “A minha mensagem é como fogo, é como marreta que quebra grandes pedras. Sou eu, o Senhor quem está alando” (Jr 23.29).

Deus age e leva o pecador ao arrependimento. E arrependidos somos levados a agir diferente. Essa mensagem do profeta ecoam o evangelho: “...Chegou a hora, e o Reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no evangelho” (Mc 1.15). Diante de Deus, precisamos reconhecer que estamos perdidos, e receber do Senhor a graça e o perdão. E a graça de Deus, o perdão de Deus é oferecido e dado a cada pecador verdadeiramente arrependido.

Diz um hino cristão: “Estamos nos mundo, mas dele não somos, aqui nos vivemos distantes do lar, a nossa morada de paz se reveste, a pátria celeste é o nosso lugar.”

Essa verdadeira esperança, nossa pátria está no céu (Fp 3.20) está sendo distorcida pelo aqui e agora, por isso, muitos contabilizam e louvam a Deus apenas pela vitória terrena.

A Palavra de Deus mostra que somos pecadores e que necessitamos de arrependimento diário. E essa mensagem continua sendo anunciada por Jeremias, que continuam sendo desprezados, odiados e ridicularizados.

Foi dito pelo autor a carta aos Hebreus que o pecado nos ataca diariamente. E nós, não conseguimos bani-lo de nosso coração. E justamente por estarmos envolvidos numa luta diária, entre velho e novo homem, precisamos nos arrepender e pela fé nos agarrar em Jesus Cristo.

As tempestades infelizmente continuarão presentes em nossa vida, mas somos convidados a continuar caminhando olhando firmemente em Jesus, pois “Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. E essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu” (Rm 5.2 – 5). 

Amém!

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