quarta-feira, 2 de abril de 2014

Radiantes de Alegria

Olharam para ele, e foram iluminados; e os seus rostos não ficaram confundidos.
Salmos 34:5 

Após se sentir liberto da ameaça fatal de Abimeleque, Davi escreveu um dos mais lindos salmos, cantando a fidelidade da salvação divina: “Os que olham para Ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção” (Salmo 34:5).

Não é raro encontrar, dentro de nossas igrejas, crentes ostentando um rosto marcado por tristezas, decepções, revoltas. Por onde passam, irradiam depressão e queixas. Ainda que tentemos mudar de assunto, em conversa com eles, o tema sempre continua girando em redor dos desapontamentos e dos sofrimentos deles.

No caminho de Emaús, os dois discípulos só falavam na tragédia da crucificação. Apesar do Jesus ressuscitado estar do lado deles, conversando com eles, os dois continuavam, teimosamente, olhando par si mesmos, para a dor de sua decepção religiosa.
Foi somente quando estavam à mesa e, finalmente, olharam para Aquele que partiu o pão e deu graças, que seus olhos espirituais se abriram. E a alegria espiritual voltou a invadir-lhes o coração. A receita é simples.
Não tirar do Senhor os nossos olhos, nossa atenção, nossa confiança. O resultado é viver radiantes de alegria.

Coração humilde

Uma reflexão baseada em Tiago 4.6-10 e 1 Samuel 17 As pessoas de coração humilde têm um lugar especial no coração de Deus.

O próprio mestre disse: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5.3). Em Tiago 4.6-10, o apóstolo estabelece uma relação entre a humildade, a sujeição a Deus e a resistência ao nosso inimigo.

De fato, só podemos nos sujeitar a Deus se formos humildes, e só podemos resistir ao diabo se tivermos humildade suficiente para identificarmos, em nós mesmos, os reflexos das setas que nos foram lançadas por ele.

Ainda no texto de Tiago, é dito que “Deus dá graça aos humildes”. Mas que graça seria esta? A graça que Deus nos concede é a força para, nos sujeitando a Ele, resistirmos ao inimigo de nossas almas. É graça para, nos chegando a Ele, termos sua presença conosco. É graça para sermos purificados, termos nossos corações limpos, e termos o bálsamo curador derramado sobre nossos corações. Para isto, precisamos primeiramente nos humilhar diante do Senhor.

Quando nos sujeitamos a Ele, podemos resistir ao diabo. E resistir não é fugir. Resistir não é ficar inerte, em apatia. Resistir é se opor, se posicionar contra, avançar em vitória. E não conseguimos nos posicionar contra nada se não reconhecermos que precisamos fazer isso.

É aí que entra a humildade. É necessário um coração humilde para reconhecermos nossas próprias falhas, dificuldades e lutas – seja diante de Deus, de outras pessoas ou de nós mesmos. A nossa tendência como seres humanos, é negarmos, minimizarmos, ocultarmos, escondermos, manipularmos, tentarmos resolver da nossa forma, ou mesmo avançarmos, porém na nossa própria força. Essas são atitudes de um coração que ainda não está andando em plena humildade.

No capítulo 17 de 1 Samuel lemos acerca da história do desafio do gigante Golias ao povo de Israel, e como o então jovem Davi, cheio do Senhor, obteve a vitória. Dentro do contexto desta breve meditação, não podemos deixar de notar um detalhe muito interessante, que nos mostra que, quando não nos posicionamos e não resistimos ao inimigo, ele avança em nossa direção.

Vejamos: A atitude nossa de cada dia “Golias parou e clamou às tropas de Israel e lhes disse: escolhei dentre vós um homem que desça contra mim”. (1 Samuel 17:8. Grifo meu) Este era o desafio diário que Golias, representando o exército dos filisteus, fazia contra o exército de Israel. Este desafio durou quarenta dias, quando então Davi se apresentou. A propósito, Davi fora ungido por Deus mediante o profeta Samuel, pouco tempo antes desse ocorrido. Ele, vi, tinha um coração humilde (1 Samuel 16:7).

Antes, porém, do desfecho desta conhecida história, a Bíblia nos diz o seguinte: “Os israelitas, vendo Golias, fugiam dele, temiam grandemente, e diziam uns aos outros: vistes aquele homem que subiu? Pois subiu para afrontar Israel”. (Grifo meu) Observe que, inicialmente, Golias desafia um homem para descer contra ele; e como não se achou homem no exército de Israel que aceitasse o desafio, é dito que Golias subiu para afrontar Israel. Em outras palavras, a esta altura Golias estava literalmente “instalado” dentro do espaço do exército de Israel naquela batalha. É isto que acontece quando não resistimos ao nosso inimigo: ele se instala. Mas há esperança de vencermos os “gigantes” de nossa vida: devemos nos sujeitar ao Senhor e sermos humildes em admitir nossas imperfeições. Davi sabia que ele não podia vencer aquele gigante pela sua própria força.

Por isso ele disse: “O Senhor me livrará da mão deste filisteu” (1 Samuel 17.37). E disse ainda a Golias: “Tu vens a mim com espada, lança e escudo; mas eu venho a ti em nome do Senhor dos Exércitos, a quem tens afrontado” (1 Samuel 17.45). É preciso reconhecer as nossas limitações e a nossa necessidade de cura. É necessário que nos cheguemos a Deus, nos purifiquemos e nos humilhemos na presença dele. Para muitos, a situação está sempre “tudo bem”. Alguns têm muita dificuldade de reconhecer que precisam de oração, de um ombro amigo, de cura ou apenas de alguém para o ouvir.

Alguns se acham sempre acima de qualquer situação. Existem pessoas envolvidas em vícios, falta de perdão, lutas de toda a espécie, que jamais se humilham e nunca reconhecem que só se sujeitando ao Senhor é que poderão vencer os gigantes desta vida... Por isso Deus diz, pela sua Palavra, que a graça de resistir ao diabo é para os humildes! Esta graça está disponível a todos, mas será concedida apenas para aqueles que tiverem o coração tão humilde, a ponto de chamar o pecado pelo nome, não mentir para si mesmos, não se auto-justificarem e nem tampouco tentar se ocultar do Senhor.

Esta graça é para aqueles que simplesmente reconhecerem: “Pai, eis aí o meu gigante... E eu preciso do Senhor”. Que nesta hora nos sintamos fortalecidos pelo Espírito Santo a nos posicionarmos contra o nosso inimigo. Que nos sintamos encorajados a sermos “praticantes da palavra e não somente ouvintes” (Tiago 1.22) e a “confessarmos os nossos pecados uns aos outros para sermos curados” (Tiago 5.16).

Que não nos enganemos a nós mesmos, tentando camuflar diante de Deus nossas culpas, dificuldades e lutas, mas simplesmente reconheçamos humildemente que, sem Ele, nada somos e nada podemos fazer; e que, portanto, precisamos desesperadamente de sua presença e auxílio em nossas vidas. Que tenhamos um coração humilde diante de Deus, de nós mesmos e das pessoas que nos cercam, e assim veremos nossos gigantes caírem por terra e serem derrotados pelo Senhor.

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