Texto base: “pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.”(1 Pedro 5.2)
Conta-se a história de uma fazenda longínqua, em um lugarzinho distante, distante de nossa cidade. Nesta fazenda a principal especialidade era a criação de ovelhas, no entanto, tudo que se plantava dava em abundância. Até que num dia angustiante, o Dono da fazenda, que tinha um cuidado todo especial por tudo que lá existia, teve que partir. Não foi fácil para as ovelhinhas, afinal, elas já estavam acostumadas com a voz do Pastor que as protegia e cuidava de cada uma delas. Porém, como o Dono daquela propriedade era um homem bom e justo, não abandonou sua criação sozinha para que lobos ferozes as devorassem, antes deixou dois de seus melhores empregados responsáveis por todo o seu rebanho. A estes empregados, que eram considerados como amigos do Fazendeiro, cabia a função de guiar, cuidar e proteger todo o rebanho até que o Fazendeiro voltasse.
Antes de sua partida, o Fazendeiro, alertou aos seus empregados, sobre o constante perigo que rondava as indefesas ovelhas: eram grupos de lobos ferozes que desejavam arrebatar seu tão amado rebanho. E avisou que todos os dias estes lobos rondavam o aprisco, buscando uma única oportunidade para ceifar a vida das ovelhas.
Nos primeiros dias da ausência do Fazendeiro os dois pastores cuidavam bem daquelas ovelhas, se dedicavam, se esmeravam, pois acreditavam que em breve seu patrão voltaria. Mas os dias foram passando, o rebanho prosperando e o lucro tornou-se maior, graças ao bom trabalho de ambos os empregados. Contudo, tais homens começaram a pensar que as coisas iam bem graças a eles (individualmente) e não ao trabalho em conjunto. Ora um desejava apresentar as melhores ovelhas e sacrificava as feridas, ora o outro exibia os lucros obtidos com o corte da lã, mesmo sem as ovelhas estarem no momento propício a isto (pois se tosar ovelhas no inverno elas morrerão de frio). Então teve início a uma grande discussão na fazenda: Qual dos dois seria o melhor pastor de ovelhas?
Cada um arrebanhou admiradores para si. Ofereciam aos companheiros da fazenda banquetes, tecidos, leite, tudo que as ovelhas produziam, isto tudo, visando apenas uma finalidade: serem considerados os maiorais naquele lugar! Enquanto aumentava a intriga entre os dois, diminuía o número de ovelhas, afinal muitas estavam doentes e morrendo. Contudo, eles não percebiam isto, pois estavam embriagados pela sede de poder. O pior de tudo é que o clima de disputa dominou toda a fazenda, e ninguém desejava mais fazer suas obrigações, acreditando que agindo assim, estariam ajudando o concorrente.
Neste frenesi, onde tudo que interessava era saber qual era o melhor pastor de ovelhas, a fazenda já não era a mesma. Tudo estava indo de mal a pior e cada dia o número de ovelhas diminuía, graças a falta de cuidado com elas. Não tardou muito, para que quase todo o rebanho perecesse nas mãos dos lobos devoradores, ou ainda, morressem vítimas de feridas não cuidadas. Tudo parecia perdido, mas nem mesmo assim aqueles homens perceberam o triste fim que despontava no horizonte.
De repente, em mais um dia de forte discussão entre os grupos que se formaram naquela fazenda, o inesperado aconteceu: o Fazendeiro retornou! O verdadeiro pastor daquelas poucas ovelhas que restaram estava de volta! Todos ficaram assustados, sem saber o que dizer ao Dono de tudo. Tentaram inventar várias desculpas, falsas justificativas foram dadas. Mas nada apaziguava a ira daquele Homem em ver seu amado rebanho dizimado, abandonado, simplesmente por desejos mesquinhos daqueles que foram chamados de amigos do Fazendeiro.
Não tardou muito, e todos os empregados que se envolveram naquela tola disputa foram demitidos e jogados fora daquela bela propriedade. Contudo, aos dois empregados que muito foi dado, que toda confiança lhes foram entregues, a estes, foi imposto sobre eles pesadas penas e padeceram dolorosamente na prisão!
Por fim, o Bom Pastor teve o cuidado de começar tudo de novo, fazendo cada vez melhor, e cuidando de toda a sua criação com o verdadeiro Amor pelo rebanho. QUEM TEM OUVIDOS OUÇA! E QUEM PODE LER, ENTENDA!
"‘Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! ’", diz o Senhor.
Portanto, assim diz o Senhor, Deus de Israel, aos pastores que tomam conta do meu povo: ‘Foram vocês que dispersaram e expulsaram o meu rebanho, e não cuidaram dele. Mas eu vou castigar vocês pelos seus maus procedimentos’, declara o Senhor.
‘Eu mesmo reunirei os remanescentes do meu rebanho de todas as terras para onde os expulsei e os trarei de volta à sua pastagem, a fim de que cresçam e se multipliquem. Estabelecerei sobre eles pastores que cuidarão deles. E eles não mais terão medo ou pavor, e nenhum deles faltará’, declara o Senhor”.(Jeremias 23. 1-4)
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