Ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas a essência de ser cristã: “Anunciar o evangelho é necessidade que se me impõe”. (I Coríntios 9:16). É um compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. “Nenhuma comunidade cristã é fiel à sua vocação se não é missionária”.
Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir ao encontro do marginalizado – o preferido de Jesus.
O evangelismo “com renovado ardor missionário” exige que a pregação do evangelho responda aos “novos anseios do povo”.
Exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Jesus: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21). Sem entusiasmo e esta convicção, arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora.
Como conseqüência deste assumir o compromisso missionário, nasce novo estilo de missões: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas partilhar e buscar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão nos permite criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de ser igreja.
E aí vai o desafio: como eu posso ser missionário em minha casa, no trabalho e na comunidade em que vivo? Assumo o compromisso de cristão, vivendo e transmitindo a boa-nova da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade, da acolhida?
...Ser missionário é fazer uma decisão radical de entrega total ao reino de Deus em prol da promoção humana.
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