domingo, 25 de março de 2012

Como se Relacionar com o Deus Vivo.






OS TIPOS DE OBEDIÊNCIA

Vamos concluir essa série de mensagens sobre como se relacionar com Deus pedindo ao Senhor que esclareça nossas mentes sobre a obediência.

A história de Pedro e os Apóstolos (Atos 5:12-42)

Nessa história, os líderes religiosos tentaram fazer com que suas ordens fossem obedecidas a todo custo. Eles ameaçaram, usaram de sua autoridade para prender os apóstolos e depois os puniram fisicamente. Mas, Pedro disse que “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”. E eles continuaram a pregar e ensinar sobre Jesus.

Que tipo de obediência é essa, a dos apóstolos, que os manteve firmes diante de tantas ameaças, mal tratos e espancamento?

Falo de tipo, porque não existe só uma espécie de obediência. A obediência pode ter diversas motivações e cada tipo de motivação implica em um tipo diferente de obediência.

Entre os tipos de obediência, há aqueles que são preferíveis em relação aos outros. É fácil ver isso na prática:

Dois empregados. Um obedece às normas da empresa porque senão será punido; o outro obedece porque entende que obedecer é melhor para empresa e para ele.

Dois filhos. Um obedece aos pais porque não quer perder a fama de bom garoto; o outro obedece porque vai ganhar o presente prometido pela mãe.

Dois empresários. Um obedece às leis tributárias porque sonegar é arriscado e pode dá muita complicação; o outro, recolhe os impostos na esperança de que eles sejam usados corretamente para o bem comum.

Dois motoristas. Um obedece às leis de trânsito porque as multas são muito pesadas; o outro, obedece porque compreende que elas existem para proteção de todos.

Com que tipo de obediência funciona seu relacionamento com Deus? Por quais motivos você se sente motivado para obedecer?

PELO MEDO DA PUNIÇÃO

A Bíblia é clara quando fala que nossas atitudes têm conseqüências. Ela afirma: “A alma que pecar, essa morrerá”, e o “Salário do pecado é a morte”, e ainda “O que o homem semear isso colherá”. A Bíblia diz que Deus é justo e que não aceita a iniqüidade e o pecado.

Uma taça de cristal, largada no chão, vai se quebrar em pedaços. Da mesma forma, uma vida vivida longe de Deus resultará em dor e destruição eterna. Por isso a Bíblia é tão transparente sobre esse assunto. Mas Deus não tem prazer na punição nem faz disso seu objetivo.

Imagine que um garçom, chamado para fazer um trabalho extra em uma grande festa, recebe o aviso de que as belas taças de cristal, que serão usadas naquela noite (século XVIII), são caras e muito frágeis; e que por isso é preciso ter todo o cuidado ao manuseá-las. Junto com esse aviso, vem outro: que se algum garçom, propositadamente, quebrar uma dessas taças, precisará pagar por ela.

Então ele pensa: Não tenho como pagar nem uma sequer dessas taças. Não posso correr o risco de que elas se quebrem em minhas mãos! Com medo de que isso aconteça, ele recolhe as taças antes da festa e tranca todas elas no cofre da casa para que nenhuma se quebre!

Esse garçom obedeceu à ordem de ter todo o cuidado no manuseio das taças, mas a sua motivação era o medo. Ele esqueceu de que as taças devem ser preservadas, mas existem para serem usadas na festa.

Pode ser que você aja exatamente assim: ao pensar nas conseqüências que estão escritas na Bíblia para quem desobedece a Deus, você sente medo e tenta viver uma vida de obediência absoluta. Então, esse medo passa a ser algo sempre presente em sua vida:

• Medo de pecar sem saber que está pecando;
• Medo de pensar o que não deve;
• Medo de ser castigado por Deus;
• Medo das maldições
• Medo do inferno;

Toda dificuldade, todo acidente, todo sofrimento se torna um indício de punição pelos pecados... Castigo de Deus... É tanto medo você fica com medo de viver e tranca a sua própria vida dentro do cofre, do mesmo jeito que o garçom trancou as taças de cristal, e vive uma vida de pavor e insegurança.

Com certeza o dono da festa não vai deixar de cobrar o preço justo daqueles garçons que por sua própria vontade jogaram as taças no chão, mas ele não deseja que, por medo, você tranque sua vida em um cofre.

Sabe o que você precisa? Conhecer o caráter do dono festa. Quando você descobrir que Ele não tem prazer em punir, mas se alegra em ensinar como viver uma vida bonita; Quando você se aproximar dele você vai deixar de ter medo. Deus não deseja a obediência pelo medo.

Os líderes religiosos queriam que Pedro e os apóstolos obedecessem a suas ordens pelo medo. Eles ameaçaram, prenderam e espancaram os apóstolos, mas aqueles homens não se intimidaram e continuaram a pregar e ensinar sobre Jesus. Eles não guardaram suas próprias vidas dentro de um cofre, mas se arriscaram a viver para a glória de Deus. Qual a era a base da obediência daqueles homens? Com certeza não era o medo da punição!

PELA RECOMPENSA

Da mesma forma que a Bíblia é transparente sobre as conseqüências de uma vida distante de Deus, ela não esconde os benefícios que recebem aqueles que vivem para Deus. Não estou falando apenas de bênçãos para a eternidade. O Senhor promete vida abundante, comida na mesa, roupa pra vestir, abrigo pra morar, alegria pra viver e sucesso nos empreendimentos. Mas Deus não se alegra na obediência motivada pela recompensa imediata.

A história de Jó serve para entendermos isso. Ele era um ícone da prosperidade em sua época.

Na terra de Uz viveu um homem chamado Jó. Ele era justo, pois obedecia a Deus e se esforçava para nunca praticar o mal. Jó tinha uma família bem grande, sete filhos e três filhas. Além disso, era muito rico! Era o homem mais rico e poderoso daquela terra, pois tinha sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois, quinhentas mulas e um grande número de empregados e escravos. (Jó 1:1-3 – Bíblia Viva)

Satanás o acusador lança uma questão: A obediência de Jó não era legítima. A obediência de Jó não era de boa qualidade, porque sua motivação era a promessa de Deus de bênção e prosperidade.

“Jó tem razão para isso”, respondeu Satanás. “O Senhor deu a ele do bom e do melhor, protegendo jó e sua família de todos os males e tristezas e fazendo dele um homem riquíssimo! Não é sem razão que jó obedece! Experimente, porém tirar todas as riquezas e os bens que o Senhor deu a Jó; ele vai se revoltar e dizer coisas horríveis contra o Senhor!” ( Jó 1:9-11)

Satanás é ardiloso, e também um profundo conhecedor da mente e do coração humano. Desde a criação ele vem nos observando, procurando nossas fragilidades para destruir em nós o testemunho do amor de Deus.

Sua acusação contra Jó não era verdadeira, mas quantos de nós seríamos aprovados nesse mesmo teste? Muitos estão interessados nas bênçãos de Deus; não no Deus que abençoa.

Quem obedece pela recompensa, passa a mercadejar com Deus. Troca bênçãos, por correntes de oração; carro, por jejum; aprovação no vestibular, por velas acessas; cura, por caminhada de joelho; casa nova, por dízimos e ofertas. Um filho que sai das drogas vale dez novenas (ou quem sabe ler a bíblia todos os dias); imagine quanto vale a aprovação em um concurso público.

Deus quer o nosso bem, mas ele não é um comerciante de bênçãos. Ele não precisa de nada para si mesmo. Nada do que você queira troca tem valor para ele. Deus abençoa aqueles a quem ama, e ele ama aqueles que o conhecem, confiam nele e o obedecem.

Você precisa conhecer o caráter de Deus. Aí você vai descobrir que além de carro, casa, emprego, dinheiro, saúde, roupa, calçado, diversão, amigos, família e tudo mais, Ele quer lhe ensinar que o sentido da vida está em usar tudo isso para explicar aos outros o amor de Deus.

Será que os apóstolos ficaram imaginando o que receberiam de Deus por haverem sido presos e espancados? No verso 41 diz: “Os apóstolos deixaram a sala do conselho sentindo alegria porque Deus havia achado que eles eram dignos de sofrer ofensas por amor ao nome do Senhor Jesus Cristo.”

PELA CONFIANÇA EM QUEM DEU A ORDEM

Qual a base da obediência daqueles homens? Se eles não obedeciam por medo, nem pela ganância, em que estava apoiada essa obediência?

Precisamos voltar um pouco na história para entender. Esses homens não surgiram do nada. Eles não profundos conhecedores da lei, procurando mais uma regra para obedecer. Eles não eram aventureiros pregando uma doutrina nova com promessas espetaculares. Eles não eram comerciantes da fé, vendendo esperança em troca de dinheiro.

Aqueles homens tinham convivido durante três anos, dia-a-dia, com uma pessoa: Jesus. Eles desenvolveram um relacionamento pessoal com Jesus.

• Ouviram suas palavras viram na prática modo viver a vida: Impostos e preconceitos (leprosos, publicanos, samaritanos);
• Eles enfrentaram perigos ao lado de Jesus: (tempestade);
• Viram milagres nas suas vidas e em outras pessoas (o dia fraco de vendas, a menina que estava morta);
• Eles viram Jesus amar ao pecador, mas dizer não ao pecado; (jovem rico).

Depois de tudo isso, eles receberam uma ordem e uma promessa. E por conhecerem a Jesus, eles decidiram obedecer à ordem, confiando naquele que fez a promessa:

Ele disse aos discípulos: “toda a autoridade no céu e na terra foi entregue a mim. Portanto, vão e façam discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, e depois ensinem esses novos discípulos a obedecerem a todas as ordens que eu lhes dei; e tenha certeza disto – que Eu estarei sempre com vocês, até o fim do mundo.”

A base da obediência dos apóstolos era a confiança na pessoa de Jesus. Eles não falavam sobre conceitos que alguém lhes havia ensinado. Eles haviam experimentado a presença de Jesus em suas vida e por isso aprenderam a obedecer pela confiança. Eles confiavam naquele que tinha dito: façam discípulos de todas as nações.

É esse o tipo de obediência que Deus quer ver desenvolvida em nossas vidas. Foi esse tipo de obediência que marcou os homens e as mulheres de Deus no passado.

Leitura de Hebreus 11

CONCLUSÃO

Eu quero falar para você que um dia decidiu em seu coração confiar em Jesus, mas tem vivido uma vida desconectada dele. Não adianta obedecer pelo medo, nem tampouco pela ganância. Clame agora ao Senhor e peça para renovar sua confiança em Jesus. Senhor aumenta a nossa fé!

Também quer falar com você que ainda fez uma decisão por Jesus. Quero lhe oferecer a oportunidade de declarar publicamente sua confiança nele como o seu Salvador e sua decisão de obedecer a ele como seu Senhor. Se você nunca fez isso publicamente, eu quero lhe desafiar a fazer um sinal com a mão dizendo: sim eu creio em Jesus como meu salvador e decido hoje obedecer a Ele em todos os momentos da minha vida. 

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