Naquele tempo uma igreja cristã era comumente um pequeno grupo de crentes vivendo numa grande comunidade pagã.
As coletas e a administração dos fundos de caridade
constituíam uma das partes mais importantes da vida dessas igrejas primitivas.
Dentro da Igreja todas as distinções foram abolidas.
Distinguiam-se também os cristãos por um fervor e pureza moral jamais conhecidos em qualquer parte
Esses característicos dos cristãos primitivos constituíam uma poderosa recomendação para o Cristianismo, promovendo o seu desenvolvimento.
Dentro da Igreja todas as distinções foram abolidas.
Distinguiam-se também os cristãos por um fervor e pureza moral jamais conhecidos em qualquer parte
Esses característicos dos cristãos primitivos constituíam uma poderosa recomendação para o Cristianismo, promovendo o seu desenvolvimento.
O Culto
e os Sacramentos da Igreja
Pelos meados do século II era já costume estabelecido ter-se, no Dia do
Senhor (Domingo), uma reunião para a
leitura da Escritura, oração, cânticos de salmos e hinos e pregação, encerrando-se tudo com a Ceia do
Senhor. Como este fosse um dia comum de trabalho, as reuniões eram pela manhã muito cedo. A primeira parte dos serviços religiosos tinha caráter público, mas
somente os crentes podiam estar presentes à ministração dos sacramentos. Nos II e III séculos, começaram a aparecer certas fórmulas para oração, liturgias ou ordens expressas de culto.
Dois fatos
contribuíram para aumentar a oposição oficial ao Cristianismo: primeiro, seu
crescimento a despeito da repressão; segundo, suas principais reuniões, como a
Ceia do Senhor, eram realizadas a portas fechadas.
BATISMO
Já ao fim do II século, o
batismo era ministrado com um ritual
elaborado. Surgiu a crença de que o batismo lavava
os pecados. Começa a acontecer um fenômeno estranho - o batismo
começa a ser cada vez mais adiado.
Havia muita preparação e instrução para o candidato ao
batismo. Passavam por uma sabatina que durava mais ou menos 3 anos. Podiam usar
o título de cristãos, mas ainda não eram dos fiéis (que eram os batizados). De
qualquer maneira a igreja passou a ser muito cuidadosa na hora do batismo.
O domingo da páscoa passou a ser o dia mais importante
do calendário cristão, além do dia do Senhor. Era comum ter batismo na Páscoa.
Existem referencias históricas sobre o batismo por
aspersão, efusão e imersão.
A forma era variada e não era um motivo de divisão
naquela época. O que importava era a seriedade com que se encarava o batismo e
não como era feito.
Tertuliano
se opôs ao batismo infantil. Cipriano de Cártago dizia que tinha que se batizar
o mais rápido possível.
A CEIA
Celebrada todo domingo e só
participava os batizados. A Ceia
do Senhor ou Eucaristia começou
a ser ministrada por meio de uma certa forma litúrgica. Especulações sobre o seu significado deram
origem, no III século, a uma doutrina que tinha duplo aspecto. Primeiro, a Ceia era considerada um sacramento em que
Cristo estava realmente presente, de
sorte que o comungante tinha
comunhão pessoal com Êle. Segundo, era
considerada também como um sacrifício que movia o sentimento de Deus a favor dos comungantes e daqueles
por quem estes orassem.
SOCIEDADE
“No mundo, mas não do mundo”
Diogneto: “Pertencemos a este mundo, somos cidadãos do
mundo, fazemos dentro dos limites da nossa fé, todas as coisas que as outras
pessoas fazem e ao mesmo tempo nós somos estrangeiros”.
A Igreja parecia aos olhos do governo uma perigosa
sociedade secreta que crescia assustadoramente.
SOCIEDADE
“No mundo, mas não do mundo”
Diogneto: “Pertencemos a este mundo, somos cidadãos do
mundo, fazemos dentro dos limites da nossa fé, todas as coisas que as outras
pessoas fazem e ao mesmo tempo nós somos estrangeiros”.
Até o III século, quando os cristãos se tornaram mais bem
conhecidos, o Cristianismo era odiado pelo povo. O repúdio dos cristãos ao
culto do Estado, símbolo de patriotismo, tornava-os traidores aos olhos do povo.
Era como se alguém se recusasse a prestar homenagem à bandeira da sua pátria.
Os cristãos repudiaram todos os deuses antigos, cujo culto era considerado
necessário para a felicidade social. A sociedade tinha muitas fases da sua vida
ligadas a essas formas de culto. Os cristãos, por essa razão, eram tidos como a
pior classe de revolucionários, destruidores dos fundamentos da civilização;
não obstante serem, como afirmavam e o eram, sujeitos e obedientes as outras leis.
CASAMENTO E CELIBATO
Hb 13.4 - Tinham plena crença neste verso.
Clemente de Alexandria
“Por todos os meios então devemos nos casar, tanto para o bem de nosso país,
como para a sucessão dos filhos e para o completamento do mundo já que ele
pertence a nós”.
Mais tarde, com o crescimento e valorização do
ascetismo e monasticismo, o celibato ganhou força.
Hb 13 começa a mudar ali: “Digno de honra entre todos
seja o matrimônio, e o celibato mais ainda”.
E depois com o passar do tempo muda mais ainda: “Digno
de honra entre todos seja o celibato, e o matrimônio seja tolerado”
OS CRISTÃOS
ERAM PRÓ- VIDA
Respeito pela vida, compaixão pelos necessitados e
preocupação com a decência. Ficaram conhecidos como aqueles que ajuntavam as
crianças que tinham sido jogadas fora. Evitavam as festividades dos romanos- e
eram acusados de serem anti-sociais ou não patrióticos.
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