Na segunda carta de
Paulo a Timóteo (3.16-17), encontramos o texto que diz: "Toda Escritura é inspirada
por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra."
A Bíblia é o livro
das Sagradas Escrituras. Mas a primeira e mais simplória objeção à Bíblia é a
de que "ela foi escrita por homens", daí porque não merecer crédito.
Tais críticos em regra gostam de livros, revistas e jornais... todos escritos
por homens! E também mandam seus filhos à Escola, o que é uma incoerência!
Na Bíblia está
escrito que Deus, para a divulgação do plano de salvação, não usa anjos, mas
"a descendência de Abraão", isto é, homens transformados pela palavra
de Deus, e nisto está um dos pontos salientes da sabedoria de Deus. É Deus
operando no homem e na sua história! O fato é que Deus fez o homem para a sua
glória e busca-o ética e incansavelmente como parceiro de seus maravilhosos
planos. Foi assim também na revelação de sua Palavra, ao tomar a descendência
de Abraão para entregar-lhe sua revelação. Sim, porque a Bíblia não é filosofia
nem ciência, mas algo maior: é revelação, o descortinamente progressivo da
verdade de Deus. Assim, podemos afirmar que a Bíblia não se preocupa em provar,
mas em mostrar e revelar, persuadindo o homem à fé.
A Bíblia mostra a
Divindade como "o Deus das alianças". Todo ato ou promessa de Deus
está envolvido em alianças, que são pactos inquebrantáveis. Assim Deus
estabeleceu alianças com os homens, a partir de Adão, passando por Abraão, Noé
e Davi, e também com a nação de Israel, através de Moisés, e, por fim, com toda
a humanidade através de seu Filho, Jesus Cristo, isto é, o Deus que se fez
homem., para estabelecer, de uma vez para sempre, a aliança eterna.
No Jardim do Éden
Deus criou o homem, Adão, e mostrou-lhe sua Palavra, "e lhe deu a seguinte ordem:
de toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do
bem e do mal não comerás: porque no dia em que dela comeres certamente
morrerás" (Gênesis 2.16-17). Essa ordem era toda a Bíblia para
Adão e sua geração.
Veio a
desobediência e suas consequências devastadoras para o homem, mas na oitava
geração de Adão, isto é, com Enos, "daí se começou a invocar o nome do
Senhor" (Gn 4.26).
No início, quando o
homem vivia em cavernas e tendas, antes da escrita, a revelação da palavra de
Deus foi passada "oralmente", isto é, foi verbalizada de geração a
geração. Podemos perceber isso no tempo dos Juízes, na indagação de Gideão,
aquele jovem que foi surpreendido pelo Anjo do Senhor quando colhia o trigo,
antes que os midianitas o tomasse. O Anjo falou: "O Senhor é contigo, homem
valente. Respondeu-lhe Gideão: Ai, senhor meu, se o Senhor é conosco, porque
nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que
nossos pais nos contaram, dizendo: não nos fez o Senhor subir do Egito?
Porém, agora o Senhor nos desamparou, e nos entregou nas mãos dos
midianitas."
Nos dias de Jacó,
quando seus filhos constituíam suas famílias, que viriam a ser as doze tribos
de Israel, encontramos o relato da história de José, o jovem "sonhador". Sonhou José que seria alguém
muito importante, a ponto de seu pai, sua mãe e seus irmãos se prostrarem
perante ele (Gn 37.5-11). Depois disso, movidos por ódio, seus irmãos o
venderam aos mercadores ismaelitas, que o vendeu a Potifar, oficial de Faraó.
Ali, por rejeitar a mulher de seu senhor, mas acusado falsamente de assediá-la,
foi preso injustamente. Na prisão, depois de alguns anos, interpretou os sonhos
do copeiro e do padeiro do Rei. Os acontecimentos comprovaram que José
interpretara corretamente os sonhos daqueles homens. Por fim sonhou o próprio
Faraó. Então o copeiro lembrou-se de José e este foi chamado para interpretar o
sonho do monarca. Feita a interpretação dos sete anos de fartura e dos sete
anos de fome, foi José nomeado governador de toda a terra do Egito,
cumprindo-se os sonhos que tivera na mocidade, tendo seus irmãos e seu pai se
prostrado diante dele, nos anos da fome. Nos Salmos esses estraordinários
acontecimentos, rigorosamente cumpridos, são chamados de "profecia",
senão vejamos: "Diante deles enviou um homem, José, vendido como escravo; cujos
pés apertaram com grilhões, e a quem puseram em ferros, até cumprir-se a profecia
a respeito dele, e tê-lo provado a palavra do Senhor." (Sl
105.17-19).
Vemos, assim, que
essa sucessão de "sonhos" originaram-se em Deus, vivenciados por
descendentes de Abraão e até mesmo por pessoas de outras nações e credos, como
o padeiro e o copeiro do Rei e o próprio Faraó do Egito.
A partir daí surgiu
a escrita, no apogeu do Egito e na descida da descendência de Abraão para lá,
no tempo de Jacó, com 70 pessoas. Ali, dissera o Senhor a Abrão, em sonho, "
...a tua posteridade será peregrina... e será reduzida à escravidão, e será
afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente a que têm de
sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas." (Gn 1513-14).
Assim falara Deus e assim aconteceu. O povo hebreu foi escravizado no Egito por
quatrocentos anos, até que veio Moisés, enviado por Deus, e o libertou do
cativeiro do Egito, através de "julgamentos divinos" contra os deuses
do Egito. Então cumpriu-se a palavra prometida a Abrão, patriarca da nação.
Ao chamar a Moisés
Deus fez menção dessa história passada de pai para filho, ligando o patriarca
Abraão, a Palavra de Deus e seus descendentes: "Disse mais: Eu sou o Deus
de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó... Certamente
vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos
seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento." (Êxodo 3.6-9). Moisés,
criado na corte de Faraó como seu neto, foi instruído "em toda a ciência
do Egito" e era "poderoso em atos e palavras". A ele são
atribuídas a autoria dos Livros de Gêneses, Êxodo, Levítico, Números,
Deuteronômio e Jó.
É interessante
notar que quatrocentos anos são suficientes para mudar radicalmente todos os
aspectos das nações, e somente Deus poderia cumprir uma palavra pronunciada com
tanta antecedência, visto que as probabilidades de não-ocorrência seriam
infinitas. Não fossem do Deus da Verdade, o Deus das alianças, tais palavras
jamais teriam se cumprido.
Nesse compasso a
Bíblia vai associando "promessa e cumprimento" ao longo do tempo em
que foi escrita, cerca de 1600 anos. Vemos também Josué, sucessor de Moisés e Líder de Israel, que introduziu o povo
na terra prometida, provando a inspiração e a veracidade da Palavra de Deus
anunciada aos seus antepassados, quando afirma: "Nenhuma promessa falhou de
todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel: tudo se cumpriu."
(Js 21.45).
Percebemos que a
forma pela qual Deus se manifestou a Israel através dos homens, isto é, de
reis, sacerdotes e profetas da descendência de Abraão, foi sonhos, visões e
palavras ditadas diretamente ao coração dos profetas, palavras essas
inteiramente contextualizadas com as circunstâncias vivenciadas por pessoas bem
determinadas ou pela nação, seguindo-se o registro de seu cumprimento. De
Samuel, profeta e 13º juiz de Israel está escrito: "Continuou o Senhor a
aparecer em Silo, enquanto por sua palavra se manifestava ali a Samuel."
(I Sm 3.21).
Como livro das
experiências das diversas gerações dos descendentes de Abraão os Salmos
registram depoimentos vibrantes, tais como: "O caminho de Deus é
perfeito; a palavra do Senhor é provada;" (18.30); "As
palavras do Senhor são palavras puras, prata refinada em cadinho de barro,
depurada sete vezes" (12.6); "Tenho visto que toda perfeição tem seu
limite, mas o teu mandamento (palavra) é ilimitado" (119.96); "...
pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra"
(138.2b).
Assim, a palavra de
Deus foi sendo revelada, passo a passo, surgindo através dos acontecimentos da
nação israelita e orientando-a no cumprimento dos grandes planos de Deus, até o
principal descendente de Abraão, que é Cristo, o Verbo (a Palavra) que
se fez carne.
Sobre a veracidade
da Bíblia, para as mentes céticas mas sinceras, recomenda-se o best-seller E a
Bíblia Tinha Razão..., de Werner Keller, diplomata e cientista alemão,
Edições Melhoramentos.
Encontramos na
carta aos Hebreus (1.1-3) o texto que
diz: "Havendo
Deus, antigamente, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro
de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da
glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra
do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à
direita da Majestade nas alturas,"
A Bíblia não se
preocupa em provar nada, mas em revelar, dissemos no estudo anterior. O
primeiro versículo da Bíblia, por exemplo, declara "No princípio criou Deus os
céus e a terra...", e prossegue revelando, em síntese, a criação.
Se o homem acreditar, bem. Se não acreditar, ele então estará com problemas,
pois a verdade de Deus não será alterada em face da incredulidade de quem quer
que seja! Com acerto declarou Albert Einstein "Deus não joga dados".
Com efeito, Deus não é de probabilidades, mas de planos e de providência.
Revelação, nas
palavras de Scofild, é "um descortinamento progressivo da verdade" de
Deus, dos seus planos e propósitos. Nada é dito de uma só vez e de uma vez por
todas. A regra é "primeiro a erva, depois a espiga e, por fim, o grão cheio na
espiga" (Mc 4.28).
A revelação de Deus através de sua Palavra
Pois bem. E por que
Deus deveria revelar sua palavra? Por muitos motivos. Primeiro porque o homem
não poderia conhecer a Deus e seus planos sem essa revelação, procedente do
próprio Deus, e mesmo que o homem não tivesse pecado, ainda assim a revelação
de Deus seria imprescindível. O homem, como criatura e criação, nunca jamais
poderá perceber e compreender, por si só, no curso de sua existência, a
natureza, os atributos e os extraordinários propósitos de Deus. Precisávamos – e precisaremos sempre! – dessa revelação
de Deus.
Palavras são
sementes. Tudo que Deus e os homens fazem é sempre precedido de palavras,
sobretudo nos relacionamentos. Em Amós consta esse princípio: "Certamente
o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos
seus servos, os profetas" (3.7).
Como "semente" (Lc 8.11), a Palavra de Deus está sendo
semeada em corações receptivos, fazendo nascer o anunciado Reino de Deus que,
segundo o próprio Senhor Jesus "começa
invisível, dentro em vós" (Lc
17.20-21). Na sequência desse maravilhoso plano, conforme revelado a Daniel (cap. 2), esse Reino "suplantará
todos os reinos terrenos, crescerá e encherá toda a terra" (v. 35) e, ainda, "... não será jamais
destruído; este reino não passará a outro povo: esmiuçará e consumirá todos
estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre." (v. 44). Por fim, completa o profeta que
viu os reinos mundiais na marcha da história: "Eu estava olhando nas
minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho
do homem... foi-lhe dado domínio e glória, e o reino, para que os povos,
nações e homens de todas as linguas o servissem; o seu domínio é domínio
eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído" (7.13-14).
Em João 9
encontramos o Senhor Jesus curando um cego de nascença. Este, interpelado pelos
líderes religiosos finalmente é expulso da sinagoga. Depois disso Jesus, encontrando-o,
pergunta-lhe: "Crês tu no Filho do homem?", ao que ele
responde "Quem é, Senhor...?", e o Senhor se identifica
dizendo "Já o tens visto e é o que fala contigo" (v.
35-38). Então o homem "creu e o adorou".
A plena revelação de Deus na pessoa de Jesus Cristo
Foi Jesus, o Filho do homem, quem trouxe a
plena revelação, completando-a. Foi Jesus também quem deu autenticidade aos
relatos e profecias do AT, pois em seus sermões e ensinamentos confirmou todos
os fatos narrados na Bíblia, até mesmo aqueles mais inverossímeis e polêmicos,
tais como a criação, o dilúvio, Abraão e o quase sacrifício de seu filho
Isaque, o cativeiro de Israel e Moisés, como seu libertador, a Lei outorgada no
deserto, dentre outros, e até mesmo o infausto episódio de Jonas, e o grande
peixe, como fato profético sobre sua própria morte e ressurreição.
Enfim, confirmou
toda a "Lei, os profetas e os Salmos", isto é, todo o Antigo
Testamento, e nada ressalvou. Quem poderia atribuir ao Senhor Jesus qualquer
palavra de engano? Posto que Ele afirmou "Eu sou o Caminho, e a Verdade e a
Vida" ?
Assim, o Novo
Testamento faz um retrato da pessoa de Jesus,
conforme anunciado em mais de 400 referências proféticas do Antigo Testamento,
destacando-o como o personagem central da Bíblia. Cristo é o elemento
unificador e integrador de toda a revelação de Deus aos homens. Observe o que
Lucas anotou de suas declarações, quando, após sua ressurreição, Ele esclarecia
a seus discípulos: "A seguir Jesus lhes disse: são estas as palavras que vos falei, estando
ainda convosco, que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na
Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para
compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo
havia de padecer, e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, e que em seu
nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações,
começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas." (24.44-48)
Encontramos em Atos
10, a
pregação de Pedro na casa de
Cornélius, centurião romano, acerca de Jesus, destacando-se o verso 43, que
diz: "Dele
(Jesus) todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo
o que nele crê recebe remissão de pecados."
Tudo, absolutamente
tudo – textos, tipos e símbolos - no
Antigo Testamento apontam para Jesus.
E tudo no NT está centralizado nele. E Jesus,
como Deus revelado, emerge das Escrituras em todos os seus atributos, reunindo,
em seu caráter, personalidade e poder, todos os atributos da Divindade,
percebendo-se que Jesus Cristo, o
Filho de Abraão, o Filho de Davi, o Filho do homem, o Filho de Deus, liga,
assim, os muitos livros da Bíblia em um único livro, conforme registrou
Scofield, acrescentando, ainda, que, como a semente da mulher (Gn 3.15), Ele é o destruidor final de
Satanás e de suas obras; como a semente de Abraão, Ele é o benfeitor do mundo;
como descendente de Davi, Ele é o Rei de Israel e "o esperado de todas as
nações"; exaltado à direita de Deus, Ele é o cabeça da Igreja, que
é o seu corpo, e o Sumo Sacerdote da nossa confissão, para quem Ele disse: "Voltarei
e vos receberei para mim mesmo" (Jo 14.3); e o último livro da Bíblia, o Apocalipse, livro das
culminâncias, é "a revelação de Jesus Cristo" (Apc 1.1).
E não poderia ser de
outra forma, pois os Profetas do Antigo Testamento profetizaram "pelo
Espírito de Cristo, que neles estava" (1 Pe 1.11), todas as verdades designadas por Deus, "pois
nunca jamais qualquer profecia (bíblica) foi dada por vontade humana,
entretanto homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo"
(2 Pe 1.21). E é de Jesus Cristo que
o Espírito Santo dá testemunho (Jo 15.26).
Na visão de João o
Senhor Jesus é "o Verbo eterno",
isto é, o próprio Deus, "o verbo que se fez carne",
o criador de todo o universo (Jo 1.1-3,
14). Segundo o apóstolo Paulo Cristo é "o mistério de Deus... em quem todos os
tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Cl 2.2-3), pois "nele habita corporalmente
toda a plenitude da Divindade" (v.
9).
Jesus fez a Aliança que alcança todos os homens
Mas foi através da
aliança eterna que Jesus chegou até
cada um de nós.
No livro do Gêneses
vemos o início da humanidade e a presença inexorável de Deus. E, para
relacionar-se com o homem, dotado de livre-arbítrio e de vontade, Deus procurou
um caminho legal, conhecido e aceito pelos povos da antiguidade. Deus veio,
então, através da aliança.
A Bíblia refere-se
a muitas alianças, de todos os tipos, especialmente sobre as oito alianças de
Deus com os homens, sendo duas delas "incondicionais": a Aliança
Abraãmica e a "Nova Aliança". Segundo o escritor aos Hebreus (8.8) a Nova Aliança, em favor de toda a
humanidade, é diatheke (diatic),
palavra grega que significa "testamento", incondicional e
irrevogável. Segundo Valnice Milhomens significa "cortar com derramamento
de sangue", isto é, aliança de sangue, em que "uma pessoa dá tudo o
que tem e outra o recebe". Nesse tipo de aliança a pessoa faz tudo
sozinho, representando as duas partes. Assim, Jesus, sozinho na cruz, como
Filho de Deus, isto é, o próprio Deus, e como Filho do homem, homem portanto,
estabeleceu a "Nova Aliança", prometida oito séculos antes (Jr 31.31 e segs.), assumindo os pecados
do homem e restaurando-o à comunhão com Deus, pela fé, num relacionamento de
filho. Referida Aliança, definitiva e eterna, repousa sobre uma redenção
consumada (a morte e a ressurreição de
Cristo); resolve o problema do pecado (o
perdão precedido de arrependimento); e, garante a revelação pessoal do
Senhor Jesus – o Deus revelado – a cada fiel, como Salvador e Senhor.
Através da
revelação bíblica tomamos conhecimento que desde a aliança com Abraão – em ti
serão abençoadas todas as famílias da terra (Gn 12.1-3) –, no começo do mundo, que Deus já tinha pronto todo o
plano de salvação para a humanidade. "Em ti" não é Abraão, mas seu
descendente, Cristo (Gl 3.16), todas as famílias da terra
são abençoadas. O texto diz: "Cristo nos resgatou da maldição da
lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar... para que a bênção de Abraão
chegasse aos gentios, em
Cristo Jesus , a fim de que recebêssemos pela fé o
Espírito prometido." (Gl
3.13-14).
Foi firmado nessa
verdade que Paulo e Silas responderam ao carcereiro de Filipos, na Macedônia,
quando indagou: "Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê
no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa" (At 16.31).
A aliança do Senhor
com todos os homens é para todas as famílias da terra. Observe que a Bíblia não
se preocupa com religiões. As religiões são projetos e tentativas humanas, que
nunca alcançam a Deus. A Bíblia revela "um único Caminho", e este
caminho é uma pessoa, o Senhor Jesus Cristo. É Ele quem te diz "Vinde
a mim..." (Mt 11.28 e segs.)
Conclusão
As Escrituras
Sagradas foram cuidadosamente reveladas, provadas, vivenciadas em cada contexto
que menciona e anotadas para "nosso ensino" (Rm 15.4), "... para advertência nossa,
de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (1 Co 10.11), para servir de parâmetros
do "Deus
que não muda" (Ml 3.6),
conforme Jesus ratificou dizendo: "passará os céus e a terra, porém as
minhas palavras não passarão" (Mt
24.35), declarando, ainda, o escritor aos Hebreus (13.8) que "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e
o será eternamente".
E quanto aos sábios
e aos críticos da Bíblia? Para os tais relembro dois episódios. Ao rei Saul
disse o profeta Samuel: "Visto que rejeitaste a Palavra do
Senhor, ele também te rejeitou a ti..." (1 Sm 15.23). E numa época em que os homens (e os sábios) tinham
vergonha da Palavra do Senhor (Jr. 6.10),
Jeremias vaticinou "os sábios serão envergonhados, aterrorizados e presos; eis que
rejeitaram a Palavra do Senhor; que sabedoria é essa que eles têm?"
(8.9).
Ora, se admitimos o
testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior. Mas se você ainda não crê,
faça como sugeriu Davi: "Oh! provai, e vede que o Senhor é bom;
bem-aventurado o homem que nele se refugia." (Sl 34.8)
Concluo com as
palavras do apóstolo Paulo acerca do Senhor Jesus (Rm 11.36), que diz:
"Porque dele e por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele, pois,
a glória, eternamente. Amém."
Pr. Valni Borges de Oliveira
http://pastorvalniborges.blogspot.com.br
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