Segui a
paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; (Hb 12:14)
Introdução:
Há uma
associação ou correlação entre santidade e a beatificação católica dos
personagens bíblicos. As duas coisas são verdadeiramente oportunas para se
estudar, pois vivemos num mundo repleto de sinonímia onde a martirização é
quase sempre sinônimo de santidade e espiritualidade.
Afastar-se do mundo no seu aspecto físico, foi a maneira encontrada por muitos
para está mais perto de Deus. Não é necessário apartar-se das pessoas ou do
convívio das mesmas para poder tornar-se santo ou adquirir uma Espiritualidade
real e substancial.
Leia(Sl 139.7-9 - Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde
poderia fugir da tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a
minha cama na sepultura, também lá estás, Se eu subir com as asas da alvorada e
morar na extremidade do mar, mesmo ali a tua mão direita me guiará e me
susterá. Mesmo que eu diga que as trevas me encobrirão, e que a luz se tornará
noite ao meu redor, verei que nem as trevas são escuras para ti. A noite
brilhará como o dia, pois para ti as trevas são luz.).
Na vida cristã a santidade e a Espiritualidade devem ser realmente
compreendidas, para serem seguidas. Caso não adquirirmos uma real compreensão
disto, seremos crentes infundados, temporais e vulneráveis a qualquer tipo de
investida anti-biblica.
Há muitos tipos e formas de Santidade e Espiritualidade. Nós estudaremos alguns
na intenção de aprendermos e descobrirmos a verdadeira Santidade e
Espiritualidade bíblica, que nos levará a sermos crentes de relevância na
sociedade alienada em que hoje vivemos.
SANTIDADE:
Em primeiro lugar é necessário se
dizer à nível de esclarecimento que não podemos ser pessoas que se acovardam e
se perdem, mas que se firmam na fé e, deste modo, crescemos e enriquecemos
nossa caminhada. Tendo a compreensão da santidade, obteremos uma visão difusa
da nossa nova identidade como filhos de Deus.(2Co 5.17)
1 -Somos novas criaturas! (2Co 5.17)
Tudo o
que é novo, a priori, é também confuso, delicado e muitas vezes complexo. Não
se pode crescer sem a experiência que muitas vezes nos é dolorosa e nos fazem
chorar, mas devemos ter bom ânimo disse Jesus.( Jo 16.33 - Disse-vos estas
coisas para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições. Mas tende bom
ânimo! Eu venci o mundo.).
(Mt 16.24 - Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após
mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.).
O vocábulo original (Do Lat. Sanctitatem) fala-nos de perfeição moral. Estado
de quem se destaca pela pureza. Mediante a Sagradas Letras, a santidade possui
dois sentidos que são bem distintos:
1 - É a separação do mal e do pecado.
2 - É a dedicação completa ao serviço do Reino de Deus.
Para alcançarmos a santificação é necessário adentrarmos ao universo imenso da
experiência com a palavras(Vós já estais limpos por causa da palavra que vos
tenho falado.) e o sacrifício vicário de Cristo Jesus(quanto mais o sangue de
Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus,
purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, para que sirvamos ao
Deus vivo!Hb 9.14).
Há uma
diferença entre os termos – Mortos – vivos e Vivos – Mortos.
a) Mortos – Vivos: No primeiro caso
encontramos a explicação no texto de Rm 6.11; no segundo vemos: Mt 8.22.
b) Vivos – Mortos: No conceito de vida em que o mundo vive, ainda que as
pessoas não queiram admitir, Deus não se faz presente, no sentido diretivo. Ele
não tem prioridade na vida das pessoas mundanas e nem a sua palavra encontra
guarida nos corações deles. Eles não conhecem a Deus(1Jo 3.1d); o que peca é
espiritualmente filho do diabo, pela prática do pecado(Jo 8. 31-47; 1Jo
3.7-10). Para sermos filhos de Deus, segundo a sua graça,(sacrifício perfeito
de Cristo), é necessário entrarmos pelo caminho único que é o próprio Cristo.
Ao aceitarmos a Ele, somos inseridos no reino por meio da graça(favor
imerecido), e Deus nos torna seus filhos pela santíssima Fé, em Cristo Jesus,
mediante a prática da sua palavra
c)
Santificação é separação: é estabelecer em nossa vida um crivo para sondarmos e separarmos o que
é mal e não agrada a Deus, do que é bom e agradável a Deus. A Alegria de Deus
está em nossa obediência, temor(*), confiança e entrega de si, para que Ele
posso nos conduzir ao porto seguro.
2 – COMO POSSO CONHECER A DEUS:
Jesus
viveu aqui na terra de forma santa e irrepreensível, procurou sempre agradar a
Deus, e fazer a sua vontade. Levou até a cruz todos os nossos pecados, temores
e inseguranças e tudo isso para nos garantir a certeza da vida eterna(Jo 3.16).
Para conhecer a Deus não é preciso forçar a mente, esmurrar-se ou sentir
repulsa do nosso corpo mortal, isolar-se do mundo e das pessoas, ou
espiritualizar as coisas materiais.
a) E buscar-me-eis, e me achareis,
quando me buscardes com todo o vosso coração. (Jr 29: 13)
b) Jesus purificou a nossa consciência de atos que podem nos levar a
morte, para servirmos ao Pai celestial (Hb 9.14).
c) Jesus nos purificou para sermos puros não somente por alguns dias ou
horas, mas para sermos eternamente puros, santificados.(*)
d) A purificação da nossa consciência nos transporta à condição da
presença de Deus. Devemos nos separados do mundo, mesmo que este seja
aparentemente agradabilíssimo. Saiba que satanás é mestre no ilusionismo.
Lembre-se de como os nossos pais caíram no éden!
e) Posso conhecer a Deus através de uma vida simples e dedicada, sem
exageros e ou demasias.(Ec 7.16-18). Não é preciso viver nos extremos do mais
ou do menos para alcançarmos o estado da presença de Deus. Seja quem você é(*),
Deus sabe de tudo sobre você.(Sl 44.21; 2Tm 2.19; 1Jo 3.20;).
3 – COMO POSSO SANTIFICAR-ME?
O
salmista dar a resposta dizendo:... Observando-o segundo a tua palavra – Sl
199. 9b. Somente quando o jovem pára pra se observar e faz uma acareação de
seus atos com a palavra de Deus é que ele descobre como deve agir para com
Deus, a Igreja, sua família e o mundo. Fazendo assim, ele terá possibilidade de
separar o que é bom do que é mal aos olhos de Deus. Paulo nos exorta dizendo:
ORA, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia
da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus. (II Co 7
: 1).
a) Chegando-me a Deus em oração e
meditação-Tg 4.8
b) Tornando-me puro diante de Deus e do mundo
c) Afastando-me das concupiscências (1Jo 2.16)
d) Buscando a Deus de todo o coração – Jr 29.13
Procure conhecer o caráter e também a natureza de Deus, para que você pode
dedicar-se melhor em servi-lo. Como podemos amar bem sem conhecer bem? Como
podemos obedecer bem, sem conhecer de quem de nós exige obediência, o que lhe
agrada? Leia portando a Bíblia e não seja breve na leitura; medite e seja
vagarosa na meditação. Deus quer se revelar para você.
ESPIRITUALIDADE:
Somos
cristãos, e como somos é que faz a diferença. A vida espiritual é constituída
de uma conversão real a Jesus Cristo. Somos compostos de Espírito, alma e
corpo; e em cada setor da nossa vida, seja espiritual, intelectual ou
profissional. Esta atitude envolve todas as nossas faculdades racionais. Deve
existir o reluzir da natureza divina em nós. O crente deve saber como cada
parte do seu ser é envolvida espiritualmente pela nova natureza que permeia
todo o ser do verdadeiro cristão.
1 – MORRER COM CRISTO, Rm 6.6. (morte)
Para se
construir uma amizade é preciso ter uma afinidade com a pessoa com quem
queremos ter amizade. Na medida em que há conhecimento, e a pessoa se assemelha
conosco dentro de um aspecto moral, intelectual ou espiritual, nos envolvemos
com ela e desenvolvemos uma identificação com a mesma. O que tornam-nos
assemelhados. Para sermos assemelhados a Cristo, Deus nos deu a sua natureza e
a sua mente (Rm 6.22). Deus tornou Jesus assemelhado à (Hb 2.17) por sua
vontade soberana. Paulo também nos convida a sermos seus assemelhados com ele
foi de Cristo (1Co 11.1).
O crente é uma semente que morreu para germinar e nascer uma planta frutífera
(1Pe 1.23),
ESPIRITUALIDADE
Verdadeira ou Falsa:
Todo ser
possui uma marca em si. Mas dentre todos os seres criados o homem é destacado
por ter como marca essencial o estar à procura do sagrado. Isto lhe como marca
essencial incontestável na história. Quando a ciência procura os vestígios
através da arqueologia ou antropologia, a primeira de muitas coisas que se
procura identificar é se aquele povo era ou não religiosos ou se havia alguma
preocupação com a sua busca essencial – o sagrado. Deus fez o homem para
adorá-lo, mas na ausência deste Deus todo poderoso o homem edifica uma imagem
de qualquer coisa para servi-lhe de Deus – o sagrado. (Is 44.14-17).
Vejamos alguns tipos de espiritualidades:
Na Idade Antiga:
a) Intimista-oriental:
Esta talvez seja a forma mais
antiga de Espiritualidade. Trata-se de uma espiritualidade fundada de
meditações e arrebatamentos; de forma contemplativa, e de um desejo imenso de
fazer a vida alcançar a ascendência ao nirvana.
b) Judaica
É uma
espiritualidade de conteúdo essencialmente comportamental. Uma atitude no
sentido de transformar a vinculação com Deus na forma de um comportamento
intocável, intangível e irrepreensível. Assim, os Judeus desenvolveram uma
forma de espiritualidade que não nascera das sagradas letras, mas que era fruto
do pragmatismo comportamentalista.
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