Introdução:
Dentro da visão
Reformada, a Palavra de Deus ocupa o lugar central do Culto, visto que é através
dela que Deus nos fala. Deus se dignou em revelar a Si mesmo como Palavra e
através da Palavra: “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1). “No princípio, não era
a música, nem o teatro. Deus identifica seu Filho, que é Deus, com a Palavra.
Isso é tremendamente importante.” “Um
dos objetivos do sermão, sem dúvida, o mais elevado, deve ser a adoração de
Deus e a exaltação do seu nome.”
A pregação não
deve ser rejeitada (1Ts 5.19-21); ela deve ser entendida como a Palavra de Deus
para nós; recusá-la é o mesmo que rejeitar o Espírito (1Ts 4.8). [4] O mundo
por sua vez, deseja ansiosamente ouvir, porém, não a Palavra de Deus (1Jo 4.5).
Como há falsos pregadores e falsos mestres, é necessário “provar” o que está
sendo proclamado para ver se o seu conteúdo se coaduna com a Palavra de Deus
(At 17.11,12/1Jo 4.1-6). No entanto, neste período de grandes e graves
transformações, torna-se evidente que os homens, de forma cada vez mais
veemente, querem ouvir mais o reflexo de seus desejos e pensamentos, a
homologação de suas práticas. Assim sendo, a palavra que deveria ser profética,
tende com demasiada freqüência – mesmo assinando o seu obituário –, a se tornar
apenas algo apetecível ao “público alvo”, aos seus valores e devaneios, ou,
então, nós pregadores, somos tentados a usar de nossa “eloqüência” para
compartilhar generalidades da semana, sempre, é claro, com uma alusão bíblica
aqui ou ali, para justificar a nossa “pregação”; o fato é que uma geração
incrédula, é sempre acintosamente crítica para com a palavra profética.
1. Os Oráculos de Deus:
À Igreja foi confiada
a Palavra de Deus, a qual ela deve preservar em seus ensinamentos e prática (Rm
3.2; 1Tm 3.15). Calvino entendia que “a verdade, porém, só é preservada no
mundo através do ministério da Igreja. Daí, que peso de responsabilidade
repousa sobre os pastores, a quem se tem confiado o encargo de um tesouro tão
inestimável!”. Portanto, “um bom pastor deve estar sempre alerta para que seu
silêncio não propicie a invasão de doutrinas ímpias e danosas, e ainda propicie
aos perversos uma irrefreada oportunidade de difundi-las.” Daí, a fidelidade
inarredável à Palavra que deve ter o ministro: “Quão arriscado é afastar-se,
mesmo que seja um fio de cabelo da doutrina. (...) Em razão da fragilidade da
carne, somos excessivamente inclinados a cair, e o resultado é que Satanás pela
instrumentalidade de seus ministros, pronta e facilmente destrói o que os
mestres piedosos constroem com grande e penoso labor.” Em outro
lugar, comentando Gálatas 5.9, insiste: “Essa cláusula os adverte de quão
danosa é a corrupção da doutrina, para que cuidassem de não negligenciá-la
(como é costumeiro) como se fosse algo de pouco ou nenhum risco. Satanás entra
em ação com astúcia, e obviamente não destrói o evangelho em sua totalidade,
senão que macula sua pureza com opiniões falsas e corruptas. Muitos não levam
em conta a gravidade do mal, e por isso fazem uma resistência menos radical.
(...) Devemos ser muito cautelosos, não permitindo que algo (estranho) seja
adicionado à íntegra doutrina do Evangelho.” Escrevendo a Cranmer
(jul/1552?) diz: “A sã doutrina certamente jamais prevalecerá, até que as
igrejas sejam melhor providas de pastores qualificados que possam desempenhar
com seriedade o ofício de pastor.” Por isso, “É quase impossível
exagerar o volume de prejuízo causado pela pregação hipócrita, cujo único alvo
é a ostentação e o espetáculo vazio.”
2. O Profeta Amós e a Religiosidade Estereotipada:
Recordemos um
pouco o caso do Amós. O profeta Amós localiza bem o período de sua mensagem,
indicando o reinado de Uzias em Judá e Jeroboão II em Israel. Uzias começou a
reinar no ano 27 de Jeroboão (2Rs 15.1). Jeroboão reinou 41 anos (2Rs 14.23).
Amós viveu num período de grande riqueza e, ao mesmo tempo imoralidade.
Jeroboão conseguira restaurar as fronteiras do Reino do Norte; havia riqueza e
abundância no seu reino, resultantes dos despojos de guerra e de negócios
vantajosos feitos com Damasco e com principados ao norte e ao nordeste.
Contudo, juntamente com a prosperidade – da qual a classe baixa não participou
em nada –, havia um materialismo dominante, caracterizando-se pela exploração
dos pobres e imoralidade, tentando aplacar a ira de Deus com cerimoniais
vazios.
A mensagem de Deus
através do profeta é destinada mais especificamente ao Reino Norte, com capital
em Samaria, comumente chamado de Israel (Am 7.11/1.1). Ela foi proferida pelo
menos dois anos antes da sua redação; agora, após o terremoto predito, ele
relembra o que aconteceu e mostra o que ainda está por vir. (Am 1.1; 2.13;
7.10; 8.8/Zc 14.5). O seu Livro foi escrito por volta do ano 760-755 a.C. A sua
mensagem é um lamento pela situação do povo (Am 5.1-2). A métrica utilizada em
seu registro, própria dos cantos fúnebres, testemunha a tristeza do poeta
diante da mensagem que leva ao povo. Amós era um homem simples,
do campo, cuidava de bois e colhia sicômoros (Am 1.1/7.14).
Vivia em Tecoa, que ficava a 10 km ao sul de Belém, sendo uma região de
pastoreio, privilegiada por montanhas com uma altitude de 850 metros.
Deus está
profundamente aborrecido com o seu povo eleito; por isso o disciplinaria (Am
3.1-2). Amós descreve de forma vívida a situação de Judá e, principalmente de
Israel. O ponto capital da questão estava no fato de que eles rejeitaram a Lei
de Deus e não guardaram os Seus Estatutos; portanto não agiam retamente;
transformaram a mensagem de Deus em algo amargo, atirando-a ao chão (Am
5.7/6.12): “...rejeitaram a lei do Senhor, e não guardaram os seus estatutos,
antes as suas próprias mentiras os enganaram, e após elas andaram seus pais”
(Am 2.4). “...Israel não sabe fazer o que é reto, diz o Senhor, e entesoura nos
seus castelos a violência e a devastação” (Am 3.10).
Como resultado da
desobediência à Lei de Deus, todas as relações estão transtornadas, marcadas pelo
domínio do pecado:
a) Vida Familiar:
Imoralidade: Pai e filho coabitando com a mesma mulher (Am 2.7).
b) Vida Social, Política e Econômica:
b.1) Juizes
corruptos: Am 2.6-7; 5.12.
b.2) Injustiça de
todo tipo: Am 5.7; 6.12.
b.3) Opressão: Am
3.9; 4.1/8.4-6; 5.11-12.
b.4) Exploração
dos pobres: Am 5.11-12; 8.4-6.
b.5)
Insensibilidade para com o sofrimento alheio: Am 4.1; 6.6.
c) Vida Religiosa:
a) As ofertas eram
apenas mecânicas; não alteravam em nada o seu comportamento; eles apenas
gostavam do ritual: Am 4.4-5.
b) Aborreciam a
instrução: Am 5.10.
Aqui, vem o ponto
capital: Não queriam ouvir a Palavra de Deus; para tanto procuravam corromper
os mensageiros de Deus (Am 2.11-12; 5.10/ 7.14-16.). A Mensagem profética era
entendida como conspiração (Am 7.10). O trágico de tudo isso, é que a mensagem
que eles não queriam ouvir era justamente a que poderia salvá-los, porque Deus
lhes falava através do profeta; no entanto, eles não queriam que este
profetizasse: “Certamente o Senhor Deus não fará cousa alguma, sem primeiro
revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3.7). “Aborreceis na
porta ao que vos repreende, e abominais o que lhe fala sinceramente” (Am 5.10).
Amós, fiel ao seu
chamado, testemunha contra a tentativa do povo em silenciá-lo: “Mas o Senhor me
tirou de após o gado, e me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel. Ora,
pois, ouve a palavra do Senhor: Tu dizes: Não profetizarás contra Israel, nem
falarás contra a casa de Isaque” (Am 7.15-16)(Ver Am 2.12).
Enquanto o povo
não ouvia o profeta, alimentava-se de mentiras: (Am 2.4). Deus aponta para a
insensibilidade espiritual do povo em se converter a Ele: (Do mesmo modo Ageu
1.9-11):
a) Fome não
adiantou: Am 4.6.
b) Seca não
adiantou: Am 4.7-8.
c) Praga não
adiantou: Am 4.9.
d) Peste não
adiantou: Am 4.10.
e) Catástrofe não
adiantou: Am 4.11.
Deus diz que
puniria o seu povo (Am 3.2,14); o abandonaria (Am 6.8). Ele não era subornável
mediante cultos mecânicos que não alteravam em nada o seu comportamento; o povo
apenas gostava do ritual (Am 4.4-5 5.21-23; Mq 6.6-8; Os 6.6/1Sm 15.22; Os
8.13).
O ritualismo vazio
pode ser ilustrado na vida de Israel. Os povos costumam ter seus lugares
sagrados, marcos de grandes acontecimentos ou da existência de grandes
personagens. Para lá se dirigem objetivando prestar seu culto ou mesmo buscar
inspiração. O povo de Israel também tinha esta prática; o livro de Amós nos
fala de três lugares (Am 5.1-6):
a) Betel: Jacó
teve uma visão de Deus e conclui dizendo que Deus estava naquele lugar (Gn
28.16). Aqui, Jacó saiu com uma nova perspectiva de vida amparada na promessa
de Deus (Gn 28.13-15). Mais tarde, Jacó foi a Betel lembrando-se de que Deus se
revelara a ele anteriormente (Gn 35.7) e agora, teve uma nova experiência; Deus
lhe falara (Gn 35.15), mudou seu nome; ele já não mais se chamaria Jacó mas
Israel (Gn 35.10). – Betel significava a presença de Deus e o Seu poder
renovador.
b) Gilgal: Josué
erigiu um monumento com doze pedras após atravessar a pé enxuto o rio Jordão.
Também ali, os homens que nasceram no deserto foram circuncidados e o povo
participou da páscoa (Js 4 e 5) – “Gilgal era o santuário que proclamava a
herança e a posse da terra prometida de acordo com a vontade de Deus.”
c) Berseba: Abraão
fez aliança com Abimeleque e invocou o nome do Senhor. Abimeleque disse a
Abraão: “Deus é contigo em tudo o que fazes” (Gn 21.22) – A Bênção de Deus.
Deus não deseja
que o povo procure mecanicamente os lugares de culto, por eles mesmos
corrompidos (Am 5.5/4.4), mas que O busque, para que tenham vida (Am 5.6).
Buscar a Deus é o oposto a meras peregrinações a lugares sagrados, a santuários
como em Betel, Gilgal ou Berseba (Am 3.14; 4.4-5; 8.14); estes santuários
juntamente com o povo estavam sob julgamento.
Por causa de seus
pecados, Israel seria destruído (Am 3.11-12; 5.3; 6.16), sendo levado cativo
(Am 4.2-3; 6.7; 7.11,17). Israel deve se preparar para se encontrar com o Senhor,
e prestar contas a Ele (Am 4.12-13). No entanto, a mensagem de Deus permanecia
até o último instante conclamando o povo a uma atitude de arrependimento e de
busca de Deus. A única solução para Israel estava na proclamação de Amós:
“Buscai ao Senhor e vivei” (Am 5.6).
É necessário que
não permitamos que uma religiosidade estereotipada caracterize a nossa vida;
Deus deseja não que cumpramos simplesmente rituais; Ele quer que O busquemos.
Os ritos só têm valor quando realizados conforme a Palavra e com sinceridade. A
nossa única chance real de salvação é buscar a Deus.
Como vimos, o povo
não queria saber da mensagem profética. No século XIX, Spurgeon, comentando
sobre a relevância do sermão na adoração, escreve: “Ouvir corretamente o
evangelho é uma das partes mais nobres da adoração ao Altíssimo. É um exercício
mental em que, quando corretamente praticado, todas as faculdades do homem
espiritual são chamadas à realização de atos de devoção. Ouvir reverentemente a
Palavra exercita a nossa humildade, instrui a nossa fé, engolfa-nos em raios de
fulgente alegria, inflama-nos de amor, inspira-nos zelo, e nos eleva até o
céu.”
3. Fidelidade X Popularidade:
No Livro de Amós
vemos exemplificado o desprezo à profecia e, ao mesmo tempo, a fidelidade do
profeta. Parece-me, no entanto, correto o comentário de Vincent quando declara
que “A demanda gera o suprimento. Os ouvintes convidam e moldam os seus
próprios pregadores. Se as pessoas desejam um bezerro para adorar, o ministro
que fabrica bezerros logo é encontrado.” É preciso atenção redobrada para não
cairmos nesta armadilha já que não é difícil confundir os efeitos de uma
mensagem com o conteúdo do que anunciamos: a pregação deve ser avaliada pelo
seu conteúdo; não pelos seus supostos resultados. Esse assunto está ligado à
vertente relacionada ao crescimento de igreja. Iain Murray está correto ao
afirmar: “O crescimento espiritual na graça de Cristo vem em primeiro lugar.
Onde esse crescimento é menosprezado em troca da busca de resultados, pode
haver sucesso, mas será de pouca duração e, no final, diminuirá a eficácia
genuína da Igreja. A dependência de número de membros ou a preocupação com
números freqüentemente tem se confirmado como uma armadilha para a igreja.”
A confusão entre
conteúdo e resultado é fácil de ser feita porque, como acentua MacArthur: “O
pregador que traz a mensagem que mais necessitam ouvir é aquele que eles menos
gostam de ouvir.” Portanto, a popularidade pode em muitos casos,
ser um atestado da infidelidade do pregador na transmissão da voz profética.
Lembremo-nos: “Toda a tarefa do ministro fiel gira em torno da Palavra de Deus
– guardá-la, estudá-la e proclamá-la.” e: “Ninguém pode pregar
com poder sobrenatural, se não pregar a Palavra de Deus.” Quanto
mais confiarmos no poder de Deus operante através da Palavra, menos estaremos
dispostos a confiar em nossa suposta capacidade. A nossa oratória pode e
certamente não é totalmente adequada; no entanto, a Palavra que pregamos,
jamais será ineficaz no seu propósito. Neste sentido, escreveu Chapell: “Quando
os pregadores percebem o poder que a Palavra possui, a confiança em seu chamado
cresce, da mesma forma que o orgulho em seu desempenho murcha. Não precisamos
temer nossa ineficácia quando falamos das verdades que Deus revestiu de poder
para a realização dos seus propósitos. Ao mesmo tempo, trabalhar como se nossos
talentos fossem os responsáveis pela transformação espiritual, torna-nos
semelhantes a um mensageiro que reivindicava mérito por ter posto fim à guerra,
por haver ele entregue a declaração escrita de paz. O mensageiro tem uma nobre
tarefa a realizar, mas porá em risco sua missão e depreciará o verdadeiro
vitorioso se atribuir a si, façanhas pessoais. Mérito, honra e glória com
relação aos efeitos da pregação pertencem apenas a Cristo, pois somente a
Palavra produz renovação espiritual.”
Lembremo-nos de
que o pregador não “compartilha” opiniões nem dá suas “opiniões” sobre o texto
bíblico, nem faz uma paráfrase irreverente do texto, antes, ele prega a
Palavra. O seu objetivo é expressar o que Deus disse através de seus servos.
Pregar é explicar e aplicar a Palavra aos nossos ouvintes. O aval de Deus não é
sobre nossas teorias e escolhas, muito menos sobre a “graça” de nossas piadas,
mas sobre a Sua Palavra. Portanto, o pregador prega o texto, de onde provém a
verdade de Deus para o Seu povo.
No final, quando
Cristo retornar, certamente Ele não se interessará pela nossa escola homilética
ou, se fomos “progressistas” ou “conservadores” mas sim, se fomos fiéis à
Palavra em nossa vida e pregação.
Insistimos:
devemos estar sinceramente atentos ao que o Espírito diz à Igreja através da
Palavra, a fim de praticar os Seus ensinamentos. E isto é válido tanto para
quem ouve como para quem prega...
Por outro lado,
aquele que prega deve ter consciência de que o púlpito não é o lugar para se
exercitar as opiniões pessoais e subjetivas mas sim, para pregar a Palavra,
anunciando todo o desígnio de Deus, sob a iluminação do Espírito. Alexander R. Vinet
(1797-1847) definiu bem a pregação, ao dizer ser ela “a explicação da Palavra
de Deus, a exposição das verdades cristãs, e a aplicação dessas verdades ao
nosso rebanho.” Sem a Palavra, o púlpito torna-se um lugar que
no máximo serve como terapia para aliviar as tensões de um auditório cansado e
ansioso em busca de alívio para as suas necessidades mais imediatamente
percebidas. Ele pode conseguir o alívio do sintoma, mas não a cura para as suas
reais necessidades.
Uma outra verdade
que precisa ser ressaltada, é que apesar de muitos de nós não sermos “grandes”
pregadores ou existirem pregadores infiéis, Deus fala: A Palavra de Deus é mais
poderosa do que a nossa incompetência ou a infidelidade de outros. Por isso, há
a responsabilidade de ambos os lados: Quem prega, pregue a Palavra; quem ouve,
ouça com discernimento a Palavra do Espírito de Deus. Recentemente li Chapell
dizendo: “Os esforços pessoais dos maiores pregadores são ainda demasiado
fracos e manchados pelo pecado para serem responsáveis pelo destino eterno das
pessoas. Por essa razão Deus infunde sua Palavra com poder espiritual. A
eficácia da mensagem, mais que qualquer virtude do mensageiro, transforma corações.”
À frente: “A glória da pregação é que Deus realiza sua vontade por intermédio
dela, mas somos sempre humilhados e ocasionalmente confortados com o
conhecimento de que Ele age além das nossas limitações humanas.” Ainda: “Pode
ser que você jamais ouça elogios do mundo, ou seja pastor de uma igreja com
milhares de membros, mas uma vida de piedade associada a uma clara explanação
da graça salvadora e santificadora da Escritura garantem o poder do Espírito
para a glória de Deus.”
Devemos ter sempre
em mente que a pregação foi o meio deliberadamente escolhido por Deus para
transformar pessoas e edificar o Seu povo, preservando a sã doutrina através da
Igreja que é o baluarte da verdade.
Conclusão:
A pregação é uma
tarefa de ínterim; ela ocorre num locus temporal: entre a realidade histórica
do Cristo encarnado e a volta do Cristo glorificado e, é nesta condição que ela
se realiza e se desenvolve. A Igreja prega a Palavra cumprindo assim o seu ministério
ordenado pelo próprio Deus; para tanto ela se prepara da melhor forma possível,
usando de todos os recursos disponíveis que se harmonizem com os princípios
bíblicos, recorrendo de modo indispensável ao auxílio do Espírito na
concretização de sua missão.
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