segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A Bíblia encadernada em pele ...












"Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações." (2Coríntios 3:2-3)

Costuma-se comemorar no segundo domingo de dezembro, o dia da Bíblia. Foi uma data escolhida pelas sociedades bíblicas a fim de estimular o interesse pela leitura da Bíblia e sua distribuição. As sociedades bíblicas, agências de editoração e distribuição de Bíblias, já publicaram toda a coletânea ou parte dela, em mais de 1.250 idiomas. Este é o livro mais lido em todo o mundo, e o seu estudo, o mais importante. Herbert Hoover disse que o estudo da Bíblia constitui o mais elevado curso de pós-graduação na mais preciosa biblioteca da experiência humana. 

Originalmente, a Bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego. Ela foi registrada em tábuas de pedra e de barro, em papiros e pergaminhos. Cerca de 1.400 anos foram gastos em sua produção, por um grupo de mais ou menos 40 escritores diferentes. Apesar de todos estes escribas, a Bíblia tem apenas um autor. 

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2Timóteo 3:16-17). 

Ela é o livro de Deus, pois nele estão as marcas de sua unidade. O mesmo Testador fez ambos os Testamentos. As palavras das Escrituras são desenhadas com a caligrafia dos céus. Elas trazem o sopro do Espírito Santo. É a síntese da verdade divina. A verdade de Deus sempre concorda consigo mesma. A Bíblia pode ser chamada a gramática de Deus para a linguagem dos homens transformados. Não é um compêndio de informações para mentes curiosas, mas uma mensagem poderosa para transformação de vidas. Como afirmava D. L. Moody, as Escrituras não foram dadas para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossas vidas. 

A Bíblia foi redigida com o propósito de escrever em nossos corações uma nova história. Ela é o idioma de Deus para esculpir o caráter do novo homem. Seu principal enfoque é revelar a pessoa singular do único Salvador e Senhor de toda a humanidade. A salvação do homem é o objetivo final de toda a Bíblia. A Palavra de Deus é o instrumento pelo qual o Espírito Santo regenera o pecador e o meio pelo qual santifica o regenerado. A Bíblia não é nada mais do que a voz dAquele que se assenta no trono. Cada livro, cada capítulo, cada sílaba, cada letra da Bíblia é um pronunciamento direto do Altíssimo. Por isso, onde a Bíblia não tem voz, não devemos ter ouvidos, insiste John Trapp. 

A Bíblia é o único livro que tem uma mensagem capaz de transformar radicalmente o homem e torná-lo uma bíblia encadernada em pele humana, para a leitura dos ignorantes e analfabetos. Aqui está a versão mais atualizada da Bíblia. Vidas marcadas pela mensagem bíblica fazem a edição mais interessante de conteúdo espiritual. Muitos não sabem ler a escrita do papel, mas sabem interpretar muito bem a linguagem revelada que vem do coração. Só as palavras de Deus gravadas no coração do ser humano podem fazer uma encadernação de luxo deste livro vivo. 

Gravai estas palavras no vosso coração e na vossa alma, atai-as por sinal nas vossas mãos, e ponde-as como faixas entre os vossos olhos (Deuteronômio 11:18). A Bíblia encarnada é a versão viva da mensagem de Deus. Quando as letras se transformam em experiência e a literatura se incorpora no comportamento, temos uma outra dinâmica na compreensão das Escrituras Sagradas. A grande estratégia do céu fica por conta da internalização da Palavra no coração humano.

A Bíblia não é cartilha de doutrinas, mas semente de vida. É um embrião divino na origem do universo. Ela não é um livro para a cabeça mas é exemplo para o coração. O conteúdo da Bíblia é a vivificação dos mortos. Sua mensagem visa dar vida àqueles que se encontram mortificados pelo pecado. A minha alma está apegada ao pó, vivifica-me segundo a tua palavra (Salmo 119:25). 

Deus criou todas as coisas pelo sopro de sua boca. A sua palavra é ação criadora. Tudo o que existe foi criado pelo poder da Palavra de Deus. O hálito de Deus é gerador de vida. Deus disse, e a vida se manifestou. A Bíblia é o registro do sopro divino para gerar vida nos corações poluídos pelos germens da morte. Vivifica-me, segundo a tua misericórdia, e guardarei os testemunhos oriundos da tua boca. (Salmo 119:88). A voz divina, codificada nas palavras escritas e processada pelo poder do Espírito Santo, causa a ação vivificadora no íntimo do ser humano. Nunca me esquecerei dos teus preceitos, visto que por eles me tens dado vida (Salmo 119:93). 

O Espírito da vida apanha a espada viva de sua palavra e vivifica os corações ressecados pelos efeitos esclerosantes da morte. É o Espirito da vida quem grava as palavras vivas nas tábuas do coração, gerando a vida que expressa o poder da ressurreição. Não é a letra em si mesma, mas as palavras vivificadas pelo Espírito. 

Deus nos fez capazes de ser ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica (2 Coríntios 3:6). O Espírito da vida fecunda a palavra escrita da Bíblia e a converte em palavra viva, reprodutora de vida, nos corações. Esta palavra vivificada torna-se fonte de avivamento. Agora, mediante a elaboração do Espírito, a palavra vivificada das Escrituras se incorpora na experiência dos santos, produzindo uma versão humanizada da Bíblia. Esta Bíblia encadernada com pele de gente viva, é uma edição do Espírito Santo, para a divulgação do Evangelho em sua encarnação. 

Alguém chegou numa igreja e pediu ao pastor que o batizasse.

O pastor querendo saber de sua experiência de fé, e perguntou:

- Por que o senhor quer que eu o batize? 
- Porque eu vi o Evangelho. Respondeu o homem.

O pastor admirado com a resposta, corrige-o: 

- O senhor quer dizer que ouviu a mensagem do Evangelho. 
- Eu não ouvi a mensagem do Evangelho. Eu vi o Evangelho, insistiu o homem.
- Ninguém vê o Evangelho, rebate o pastor. 

Nós ouvimos a pregação do Evangelho. A fé vem pelo ouvir e não pelo ver.

- Meu senhor, eu disse que eu vi o Evangelho, porque o meu vizinho, que eu tanto detestava, demonstrou com sua vida e sem qualquer palavra as características de Jesus Cristo. Ele não falava do Evangelho. Ele vivia intensamente a mensagem da Bíblia e expressava o caráter de Jesus Cristo. 

Você e eu podemos ser a única Bíblia que os vizinhos vão ler. Muitos, porque não sabem ler. Muitos, porque estão ocupados demais. John Donne disse que: De todos os comentários das Escrituras Sagradas, os bons exemplos são os melhores e mais vivos. Precisamos, pela graça de Deus, comer a Bíblia, a fim de podermos mediante a graça, viver a Bíblia de tal maneira, que os outros vejam as marcas de Cristo refletidas em nossa conduta. A nossa vida deve ser uma fiel edição da vida de Cristo. Alguém já disse que a luz de um exemplo santo é o principal argumento do Evangelho. Cada cristão deve ser uma encadernação viva da Bíblia, de sorte que o mundo possa dizer: Ele interpreta fielmente Cristo para nós. 

A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria (Colossenses 3:16a). Aqui vai um grande apelo do mundo em razão de nossa pregação: Mostra-me a sua versão bíblica encadernada em pele humana, para que eu possa conferir com os melhores manuscritos das Escrituras e veja assim a autenticidade do seu cristianismo. O mundo está mais ansioso em contemplar aqueles que mostram a sua fé do que aqueles que a defendem. Nada acrescentareis ao que vos ordeno, e nada diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos dos Senhor vosso Deus, que vos ordeno (Deuteronômio 4:2). Vivamos a Bíblia na íntegra, pois assim, ela falará por nós.

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