Intimidade e
Sede de Deus: qualidades marcantes de um cristão que busca AVIVAMENTO.
“1 Como suspira a
corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha
alma. 2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e
me verei perante a face de Deus?” (Salmos 42:1-2 RA)
1. Introdução
Os avivamentos
sempre aconteceram em épocas de crise. Em tempos de frieza espiritual, em diversas
nações, quando tudo parecia perdido, assoladas, cinzentas. Deus manifestava-se
gloriosamente, contrariando todas as expectativas agourentas e evidenciando o poder
do seu braço onipotente. Quando o solo ressequido bramava por água. Deus
derramava torrentes sobre a terra seca (Is 44.3). Quando a igreja, na sua
jornada histórica, se mostrava enfraquecida, falida, desacreditada e sem poder,
e pessoas apareciam profetizando seu fim irreversível. Deus a reerguia das
cinzas e a colocava na terra como coroa de glória (Is 62.1-7).
Hoje também vivemos
num cenário de crise espiritual, pois a motivação que faz muitas pessoas hoje
procurarem a Deus, é receber uma bênção material. Essa busca não tem
como objetivo à manifestação da glória de Deus, mas ao bem-estar do homem, e a
satisfação do ego pessoal.
Até mesmo alguns
dos discípulos de Jesus, estavam ao seu lado porque eram motivados pelo desejo
de alcançarem algum tipo de recompensa material.
Para ilustrar o que
acabamos de afirmar quero relembrar-lhes a história de um jovem rico. Jesus o
desafia em Mateus 19:21 ao lhe dizer: ”Se queres ser perfeito, vai, vende os
teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.” A
bíblia relata que aquele jovem amante das riquezas e de seu sucesso na vida
material, retira-se triste, por ser dono de muitas propriedades. Ele demonstra
que seu coração estava nas riquezas e não em Deus.
Pedro observou
aquela cena. Ele viu o jovem rico menosprezar ao convite de Deus. Naquele
instante Pedro comparava o comportamento do jovem rico com o seu. Pedro
era um dos discípulos que havia deixado a tudo para seguir a Jesus. Logo em
seguida, entre os discípulos, Pedro toma a palavra e pergunta a Jesus em Mateus
19:27: “…Eis que nós deixamos tudo e te seguimos; que receberemos?”.
Pedro seguia a
Cristo, andava ao lado de Jesus, mas seu coração ainda não era avivado pelo
amor. Suas motivações ainda eram interesseiras, ele pensava apenas nos
benefícios materiais que poderia receber por ser um dos seguidores de Cristo.
Pedro pensava mais em si mesmo e nas vantagens pessoais do que no reino.
Em João 6: 27 Jesus
diz a uma multidão que vinha de Tiberíades para encontrá-lo:“…trabalhai, não
pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna”.
Jesus não nos nega
dar bênçãos materiais, milagres e cura aos que estão enfermos. Ele curou e
operou maravilhas na vida de muitos. Porém, Ele deixou claro que devemos
trabalhar pelo alimento que permanece para a vida eterna.
Outra realidade que
observamos no mundo que chamamos de pós-moderno, é que pouco a pouco o antigo
evangelho vem sendo substituído por um evangelho antropocêntrico. Tudo gira em
torno do homem. O homem é o começo, o meio e o fim. Tudo é feito pelo homem e para
o homem. Para muitas pessoas, Deus não passa de um instrumento secundário, que
trabalha para a realização de todos os gostos e vontades soberanas do homem.
Este evangelho antropocêntrico influencia a vida de muitos crentes. Muita gente
vive decretando, dando ordens a Deus, e determinando bênçãos. Deus não é nosso
fantoche. Ele é Senhor, Ele é soberano. Ele é quem manda, determina, decreta,
controla tudo, nos abençoa e supre todas as nossas necessidades.
Mas, o que
assistimos dia a dia, é a divinização do homem e a humanização de Deus. Muitos estão
abandonando completamente a soberania de Deus sobre suas vidas e estão optando
por viver sob a tirania do livre arbítrio.
2. O avivamento, entretanto, corrige essas
distorções, fazendo que as pessoas passem a desejar muito mais a presença de
Deus, do que as bênçãos que Ele pode lhes dar.
Através do
avivamento, a igreja e os crentes passam a ter mais sede de Deus do que das
bênçãos que ele lhe possa proporcionar. Os crentes passam a buscar mais a
intimidade de Deus, e se empenham por alcançá-la; não se contentam com coisas;
desejam o próprio Deus.
Quero lembrar-lhes
irmãos, que as chuvas de Deus só caem sobre a terra seca. O Espírito
Santo só é derramado sobre os sedentos (Is 44.3). Esta é a promessa:
“1 Agora, pois,
ouve, ó Jacó, servo meu, ó Israel, a quem escolhi. 2 Assim diz o
SENHOR, que te criou, e te formou desde o ventre, e que te ajuda: Não temas, ó
Jacó, servo meu, ó amado, a quem escolhi. 3 Porque
derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei
o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus
descendentes; 4 e brotarão como a erva, como salgueiros junto às
correntes das águas.” (Isaías 44:1-4 RA)
A terra seca só é
tratada com o derramamento de água. A terra seca simboliza os que têm sede de
Deus. E só os que anseiam por Deus, conhecerão a intimidade de Deus. Só os
sedentos terão sua sede saciada (Mt 5.6).
3. Aqui, há uma verdade espiritual que você
precisa saber: Quando clamarmos por Deus e ansiarmos por ele como o sedento
deseja água. Quando nosso coração bramar pelo Senhor, então nossa alma será
saciada, porque o avivamento é para a terra que está seca, é para os sedentos
de Deus e da sua presença.
Gostaria que
verificássemos esta verdade, à luz do Salmo que lemos inicialmente no cap.
42:1,2. Abra sua bíblia ali.
O salmista está em
crise, na tentativa de fugir da opressão esmagadora, ele vai para o deserto
do Neguebe, na Judéia, um lugar pedregoso, cheio de cascalho, de montes e
vales, cavernas e abismos; um lugar ermo, cáustico, perigoso. O sol ardente o
assola, a areia esbraseante fere-lhe os pés, o calor febril arde em seu corpo,
a sede forte, implacável, brota-lhe indomável. Seu corpo lateja, treme, sofre a
sede adversaria.
De repente, olha e
vê adiante uma corça, uma cabra montesina que vem célere, ofegante, sôfrega, exausta,
arquejante, em busca de água, presa do desespero de abeberar-se, matar a sede
perversa e torturante. O pobre animal corre sôfrego em direção à água,
bramando, em busca de satisfação interior.
O salmista olha
para o animal e diz: “Deus, essa impaciência da corça pela água retrata, o meu estado,
a minha condição, a minha ânsia por ti. Eu não consigo viver sem a tua
presença. Eu anseio por ti mais do que tudo.” Então ele diz no cap. 42:1,2:
“Como suspira a
corça pelas correntes das águas, assim por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A
minha alma tem sede do Deus vivo.” (SI 42.1,2.)
Em tempos de
avivamento, a igreja não se contenta em receber conhecimento a respeito de
Deus. Ela procura conhecer a Deus na intimidade. Quantos crentes
versados em teologia, que expõem com mestria invulgar e adestrada perícia as
grandes verdades a respeito de Deus, que são ortodoxos em suas posições e
abominam toda sorte de heresias, entretanto não conhecem a intimidade de Deus. São
teóricos. Sabem muito a respeito de Deus, mas não o conhecem. Quando
as Escrituras falam acerca do conhecimento de Deus, não está em foco a questão
teórica, mas o conhecimento experimental, vivencial, de intimidade. Jamais alguém
conhecerá a Deus apenas compulsando volumosos manuais de teologia, mas levando
Deus a sério, tendo sede de Deus e comungando com Deus face a face.
No avivamento, a
igreja não apenas lê a Palavra de Deus, mas busca o Deus da Palavra, Não apenas
carrega a Bíblia, mas retém a Palavra, não apenas conhece a letra da Palavra,
mas conhece o espírito da Palavra.
No avivamento,
queremos mergulhar fundo naquela rio visão do profeta em Ezequiel cap. 47. Não
nos contentamos em ficar nas beiradas do rio, mas desejamos ser cobertos pelas
águas profundas que simbolizam a intensidade da presença de Deus em nós.
Em tempos de
avivamento, a igreja não se satisfaz com nada menos do que o próprio Deus. Deus
é a sua busca, sua sede, seu alvo, sua meta, sua paixão.
4. Penso que Na vida de muitos crentes,
instalou-se um deserto.
Não sei se você já
ouviu falar do Seara. É o maior deserto do mundo. A vida espiritual de muitas
pessoas, até mesmo de algumas que estão dentro da igreja, parece o
deserto do Saara, que não tem as águas do Nilo. Tudo é aridez, sequidão. Não há
vida exuberante, não há fruto. Há estiagem e sequidão espiritual. Há um agreste
cinzento. Muitos de nós estamos levando uma vida vazia. Estão desfalecendo
Temos tudo: templos
modernos, boa organização, púlpitos eruditos, conjuntos corais maravilhosos,
mas nossa alma de muitas pessoas esta vazia. Saiba meu irmão, que a
alma só se satisfaz com a intimidade de Deus. Temos necessidade de Deus.
Carecemos do
orvalho fresco do céu. É isto que Deus diz ao seu povo em
Oséias 14:5: “Serei para Israel como orvalho, ele florescerá como o lírio e
lançará as suas raízes como o cedro do Líbano.”
“Como o corpo
necessita do pão e os rios correm para o mar, como as águias têm sede das
alturas, e as flores carecem do orvalho e do sol, nossa alma busca ansiosamente
a Deus.” Criada por Deus, vivificada pelo seu sopro, a nossa alma clama por
Deus.
É isto que o
salmista está dizendo: “… a minha alma anseia por ti como terra sedenta.” (SI
143.6.) “Ó Deus”… eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu
corpo.
5. A estratégia satanás nos últimos dias, não
será tirar crentes das Igrejas.
O grande plano de
Satanás talvez não seja tirar cristãos da Igreja, mas afastá-los dos planos e
propósitos de Deus para suas vidas.
A estratégia
satânica dos últimos dias não será afastar pessoas de igrejas, mas mantê-las
nos templos evangélicos frios espiritualmente, com corações distantes de Deus e
acostumadas com uma vida sem frutos.
E é isso que está
acontecendo atualmente. Tem muita gente com nome de crente, com o rótulo de
evangélico, e que anda com a Bíblia debaixo do braço, mas está vivendo sem
qualquer testemunho cristão, sem qualquer fruto e pecando contra Deus.
Ao falar sobre os
últimos dias, Jesus disse: “o amor de quase todos esfriará”. Quero novamente
enfatizar, que o grande plano maligno de Satanás nestes últimos dias, não será
tirar você deste templo, mas transformá-lo num crente frio, que vive sem amor e
avivamento.
Sua oração neste
momento deve ser: “Senhor, tem misericórdia de mim. Nestes dias que antecedem a
vinda de Cristo, quero ter um coração avivado, cheio de amor, quero ter os dons
do teu Espírito, quero ser conhecido como servo bom e fiel. Não quero estar
entre aqueles que estão frios, e distantes da tua presença. Em nome de Jesus,
amém”.
6. Conclusão
Estamos em tempo
avivamento. E a chuva será derramada sobre a terra que estiver sedenta! É hora de você se
molhar e receber de Deus. E hora de dizer não a Satanás.
Há muitos crentes
que estão vivendo como agentes secretos de Jesus. Não se
identificam como embaixadores do Rei. Sua vida é tão insípida e tão
inexpressiva que ninguém nota que eles são de Jesus, se é que são. Vivem
calados, quando se trata de falar de Jesus. São destemidos para falar de
futebol. São ágeis para discursar sobre a moda. Conversam com desenvoltura
sobre os filmes de sucesso. Conhecem os atores famosos; , sabem tudo sobre a
novela que está passando, têm destreza em conversar sobre os grandes temas da
atualidade, mas não abrem a boca para falar de Jesus. Têm medo. Não estão sendo
corajosos. Estão sendo omissos. Precisam de avivamento!
A igreja de Deus
não pode ser um exército de mudos. Acredito que o avivamento é
derramado para que sejamos testemunhas. Lembre-se de atos 1:8:
Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito, e ser-me-eis testemunhas….”.
O mover avivador do
Espírito, gera testemunhas. E Evangelho meu irmão, é proclamação de boas-novas. Não podemos
guardar esse tesouro apenas para nós. Se calarmos, seremos tidos como culpados.
A cada dia que deixamos de falar do Evangelho, multidões perecem na perdição
eterna e o sangue delas cai sobre nós. Nosso coração deve arder de paixão pelas
almas. Temos de proclamar a tempo e fora de tempo!
Diga comigo: “senhor,
Aviva o meu coração com um sentimento de amor por aqueles que não tem Jesus.
Aviva o meu coração, colocando sede de ti, aviva o meu coração com o desejo de
estar cada vez mais na tua presença, aviva minha vida dando-me forças para não
pecar contra ti. Em nome de Jesus, amém!
Acredito, que Deus
pode avivar cada vida que está neste lugar, e esta cidade poderá ser sacudida
quando um exercito de crentes avivamos, inflamados pelo Espírito e
impulsionados pelo amor de Deus começarem a se levantar.
Deus nos abençoe a
todos nós!
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