terça-feira, 25 de setembro de 2012

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E LINGUA ESTRANHA.


Muitos consideram o batismo no Espírito Santo somente aos que falam língua estranha. Entretanto, isso é um equívoco, porque muitos irmãos não falam língua estranha mas possuem outros dons, e já estão selados com o batismo da promessa (Atos 19.2 e Efésios 1.11-13), porque falar em línguas é apenas um dos dons espirituais.


Ao terceiro dia, Cristo ressuscitou e pôs-se no meio dos apóstolos, onde estavam reunidos e disse-lhes: Paz seja convosco.  E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (João 20.20-22).

E o livro de Atos 1.5-8, narra que no período entre a ressurreição do Senhor e a sua ascensão à Glória do Pai, Ele se apresentou novamente entre eles e lhes disse: João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.

Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

No que se consumou no livro de Atos cap. 2, ao cumprir-se o dia de Pentecostes, ocasião em que estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do Céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.

E fora vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.

Observe que os Apóstolos receberam do Senhor Jesus, o Espírito Santo em duas ocasiões, separadamente e com finalidades distintas. Primeiramente o Senhor assoprou o Espírito sobre eles, numa unção designada para a salvação (João 20.20 a 22). Posteriormente, no dia de Pentecostes os ungiu para obra do ministério (Atos 2.1-4). A partir daquele momento deu-se início a mais extraordinária obra de Evangelização em toda terra, porque Deus era com eles, pelo Espírito Santo do Senhor Jesus.

Assim também, ocorre conosco, quando há arrependimento e conversão, recebemos o selo da promessa do Espírito Santo para a salvação da vida eterna. Observemos:

Atos dos Apóstolos 2.37-39, disse-lhes Pedro a multidão que os ouvia: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.

Palavra confirmada na Carta de Paulo aos Efésios 1.12 e 13, onde diz: Nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa.

Assim sendo, na sua conversão já recebeste o Espírito Santo de Deus para a Salvação, resta porem, procurar com zelo os dons Espirituais para a obra do seu ministério para o qual fostes chamado por decreto do Altíssimo.

LINGUÁS ESTRANHAS E OS DONS ESPIRITUAIS

No Novo Testamento, observamos esse dom de falar em línguas estranhas em duas formas distintas: Descreve o capítulo 2 de Atos, que a primeira vez que os servos do Senhor Jesus falaram em línguas estranhas, ocorreu no dia de Pentecostes (Atos 2).

Posteriormente, na primeira carta aos Coríntios capítulos 12.1-10, descreve sobre os dons espirituais para a obra do ministério, vejam: Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes, porque há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo, porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.

E em I Coríntios 14.1, está escrito: Procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza (pregar o Evangelho) fala aos homens para edificação, exortação e consolação.

            Podemos observar que os discípulos de Cristo falaram primeiramente em línguas estranhas, para as nações estrangeiras que estavam presentes, as quais praticavam outro idioma, mas os entendia porque falavam na sua própria língua, pois a língua fora repartida de forma que todas as nações estrangeiras presentes, tiveram a oportunidade de conhecer o propósito de Deus para a alma humana e o sacrifício do Senhor Jesus Cristo, pela pregação do Evangelho através dos Apóstolos, na linguagem de origem de cada nação.

E posteriormente nas cartas, a palavra fala dos dons espirituais, e adiciona o dom de língua estranha ou língua dos anjos, como um sinal para os infiéis, para que se cumpra a palavra no livro de Joel 2.28, 29, porem, mostra a necessidade da interpretação dessa língua, aliás, há um dom específico para interpretar a língua estranha, para que a igreja de Cristo seja edificada.

E o capítulo 14 da primeira carta aos Coríntios, disciplina o zelo indispensável para que a igreja seja edificada por esse dom, onde a Palavra ressalta a importância de falar em línguas, mas alerta que, mais importante é o dom de profetizar.

Profetizar, mas não como adivinhação, como vem acontecendo em muitas comunidades, mas profetizar como pregação do Evangelho, pelo qual está declarada todas as profecias para a vida vindoura, que é a salvação para a vida eterna, para os que creem em Jesus Cristo, como seu único e suficiente salvador. Meditemos:

Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.

O que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação.

Porque se, com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar.

Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.

Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida. De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.

Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão, porventura, que estais loucos? Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é apreciado.

Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete.

Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus. E falem dois ou três profetas, e os outros apreciem. Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos poderão profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.

Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.  Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.

Tivemos a graça de conhecer que, em conformidade com a doutrina na Palavra sobre línguas estranhas, como também a ordem nas reuniões, há um confronto visível relacionado ao que se praticam hoje na maioria das igrejas denominacionais.

Lamentavelmente, até os dons espirituais o homem banalizou, porque o falar em línguas não é compatível com as frases decoradas que ninguém entende, as quais, os pregadores repetem inúmeras vezes, numa falsa demonstração de unção espiritual.

Porventura teria o Espírito Santo de Deus modificado a forma de operar e manifestar? A Palavra alerta que falando alguém línguas estranhas, que haja também intérprete, e se não há quem a interprete, o profeta deve permanecer calado e orar em espírito, porque o espírito está sujeito ao profeta.

Mas como afirma a palavra, precisamos procurar com zelo os dons espirituais para a obra do ministério, pelo qual fomos chamados, para edificação da Igreja membrada no Corpo de Cristo.

Autor: Espirito Santo de Deus, quem capacita todos os homens a levar a sua palavra sobre a terra, realizando a vontade de Jesus Cristo.

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