Titulo – Os Eleitos de Deus e suas Virtudes
Texto – Colossenses 3:12-17
INTRODUÇÃO
1. A doutrina da eleição é vista com certo receio por muita gente que se diz cristão. Para alguns falar em eleição pode ser um incentivo ao comodismo. Para esses, a eleição acomoda o crente no processo de santificação, deixando-o relapso em sua vida de santidade.
2. A causa dessa perspectiva deturpada da doutrina da eleição é fruto do tratamento superficial que alguns líderes fazem da doutrina. Precisamos saber com mais profundidade o que a Bíblia tem a nos ensinar sobre essa doutrina tão fundamental e que dar gozo ao coração de todo cristão verdadeiro.
3. A eleição de Deus foi o ato da sua graça onde ele escolheu na eternidade alguns para serem conforme a imagem de Cristo no tempo presente. Algumas implicações disso precisam ser notadas:
a. A escolha ocorre antes da existência desse mundo (Efésios, 1:4). Por isso, a causa a priori da nossa eleição não é a nossa vontade, mas a vontade de Deus.
b. Por a eleição ocorrer primeiramente na eternidade o conhecimento dela só pode ser evidenciado para nós nessa existência.
4. Quando Paulo escreveu aos cristãos que habitavam em Colossos, ele tinha em mente que os seus ouvintes deveriam se revestir da eleição. Ou seja, as suas vidas precisavam testificar a eleição com atos (Colossense, 3:12).
a. Para entendermos melhor o porquê de o apóstolo ordenar aos cristãos a se vestirem como eleitos precisamos observar o que ele diz nos versículos 10 e 11(grifo nosso): “[...] e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos”.
A marca mais visível na vida de um eleito é a sua semelhança a Cristo. Por isso, Paulo expõe algumas virtudes que estão em Cristo e, consequentemente devem estar na vida de todos os eleitos de Deus.
I. O ELEITO DE DEUS POSSUI QUALIDADES SANTAS (v. 12 “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade”).
5. A eleição de Deus exige de nós uma vida que qualificada por sentimentos e ações santas. Paulo enumera inicialmente pelos menos cinco qualidades que os eleitos devem evidenciar em suas vidas. Todas elas frutifica a partir dos nossos relacionamentos com os nossos irmãos. Alguém é cheio de ternos afetos de misericórdia quando é capaz de se solidarizar com os mais debilitados.
6. Da mesma forma, a bondade, a humildade, a mansidão e a longanimidade só podem ser exercidas no convívio com os nossos irmãos. Daí a importância de se viver em comunidade. É em nossos convívios que exercemos as nossas virtudes de eleitos. Um cristão verdadeiro não evidencia a sua eleição na solidão do seu lar. Deus nos permite as nossas diferenças para que possamos evidenciar a nossa eleição.
II. O ELEITO DE DEUS É PACIENTE PARA COM OS SEUS IRMÃOS (v. 13 “Suportai-vos uns aos outros [...]”).
7. Vivemos em meio a pessoas imperfeitas que nos ferem com as suas palavras e que entristecem os nossos corações. Todavia, a qualidade que o eleito de Deus deve saber utilizar bem é a paciência para suportar os deslizes dos mais fracos. Observe que Paulo diz que o suporte deve ser mútuo. Ou seja, da mesma forma que eu suporto os outros também devem ter a paciência de me suportar.
a. Inúmeras vezes Jesus teve que suportar os deslizes dos seus discípulos. Pedro com o seu coração tomado por sua mente carnal foi repreendido por Jesus por sua sugestão diabólica (Cf. Mateus, 16:22,23).
8. Precisamos aprender a entender o erros dos nossos irmãos. Com isso, não que dizer que temos que aceitar o pecado, mas estarmos dispostos a não permitir que o ódio e o desafeto quebrem a nossa comunhão. Não podemos esquecer que estamos em fazer de aprendizagem e muitas vezes erraremos para adquirir sabedoria.
III. O ELEITO DE DEUS ESTÁ PRONTO A PERDOAR PELO AMOR (vv. 13 “[...] perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição”).
9. O perdão dever ser um ato muito natural na vida de todo Cristão. A lógica é a seguinte: se cremos que Cristo perdoou todos os nossos pecados, se nos revestimos dele não pode haver em nossos corações nada de mal que alguém nos faça que não seja perdoável.
10. Paulo exortava a igreja a praticar o perdão mútuo. Porém, não um perdoar de palavras, mas pelo amor que opera na vida de todos os que possuem o Espírito Santo de Deus. O amor é o vínculo da perfeição. É ele que sustenta a união da igreja.
11. Nenhuma igreja cristã pode subsistir sem o amor. É como um edifício construído sem cimento, mesmo que suas paredes sejam erguidas ela não terá sustentação para permanecer de pé.
CONCLUSÃO
Nessa primeira parte do que Paulo expõe acerca das virtudes dos eleitos de Deus podemos notar a importância dos nossos relacionamentos. São por eles que evidenciamos as virtudes que demonstram a nossa eleição. Portanto, reflitamos a nossa eleição em nossos relacionamentos. Assim saberemos que fomos escolhidos por Deus para sermos a imagem de Cristo nesse mundo. Amém!
Autor: Espirito Santo de Deus quem Instrui todos os Homens a levar a Sua Palavra aos quatro cantos do Mundo.
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