LIVRO
DO PROF. BAIMA BOLLONE
NOTICIA publicada no Jornal Italiano"La Republica"
de grande circulação na Europa – 31.05.1999 pagina 21
ROMA – Os evangelhos não possuem apenas um valor teológico, mas
ao narrar a paixão de Jesus, fornecem dados para "um verdadeiro boletim
médico" que nos permite de reconstruir em termos clínicos, as últimas
horas da vida de Cristo; é esta a tese que o Professor Pierluigi Baima Bollone,
diretor do Instituto de Medicina Legal da Universidade de Torino –Itália,
relata em seu último livro, "Os últimos dias de Cristo" Em uma
entrevista ao cotidiano "Avvenire", Baima Bollone, explica de ter
lido diversas vezes os relatos dos evangelhos, - em especial o de Lucas, que
havia conhecimento médico – para poder reconstruir os sofrimentos de Jesus, que
vai da noite escura no Jardim do Getsemani até Sua morte na cruz, afirmando que
"o estudo médico legal é completamente a favor do relato bíblico e
historia dos evangelhos". O especialista torinense reconstruiu a ficha
clinica de Jesus, que desde menino houve um "desenvolvimento normal e
harmônico", como demonstra as longas viagens que fazia junto aos seus
pais, e que ao retornar a Jerusalém, adulto, "tinha uma boa saúde, mas estava
um pouco magro", e de fato os fariseus o confundiam como alguém que
tivesse 50 anos. No horto do Getsemani, afirma Prof. Baima Bollone, Jesus
manifesta alguns dos 16 sintomas típicos da "síndrome do pânico", que
"não indica apenas um simples estado de medo, mas um profundo resultado de
vários sofrimentos". Ao suor, junta-se o desejo de fugir, o medo de
morrer, a queda por terra e a angustia, que por fim, se transformam em suor de
gotas de sangue, das quais falam os evangelhos, tudo isto perfeitamente
explicável pela medicina como um total trabalho neurovegetativo. Portanto
diante de Caifas, a reação de Jesus, quando diz: "tu dizes" em
resposta as perguntas do sumo sacerdote, demonstra, segundo Baima Bollone, como
o interrogado "sob forte stress, tende a declarar a sua visão dos fatos,
para reabilitar-se das falsas acusações e recuperar o senso de auto
estima". A este stress psicológico se somam às torturas físicas: os
extenuantes interrogatórios, as pancadas dos soldados, a violência das 39
flagelações e o arrancar das vestes, que segundo o estudioso italiano,
"deve ter provocado o mesmo efeito de quando se arranca com violência, um
curativo de uma ferimento ainda aberto". Quanto a causa final da morte de
Jesus, Baima Bollone, pensa que tenha sido provavelmente "asfixia, complicada
por ataque cardíaco terminal, e trombose coronária" ocorridas depois de
poucas horas sobre a cruz, pois "Jesus se encontrava fraco, devido as
torturas recebidas". Todos estes dados são perfeitamente compatíveis com o
que se lê nos evangelhos.
Tradução
do texto: Pastor Valmir Farinelli (pastor e missionário em Siracusa - Itália)
Boletim Médico das últimas horas de Jesus Cristo
|
|
Leia atentamente:
|
Relato aqui a descrição das
dores de Jesus feita por um grande estudioso francês, o médico Dr. Barbet :
dando a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua
paixão. "Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos
vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo
anatomia. Posso portanto escrever sem presunção."
01.Jesus entrou em agonia no
Getsemani - escreve o evangelista Lucas – orava mais intensamente. "E seu
suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único
evangelista que relata o fato é um médico, Lucas . E o faz com a precisão dum
clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. Se
produz em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza
física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda
emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se
carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão
extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as
glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele,
e então escorre por todo o corpo até a terra.
02. Conhecemos a farsa do
processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o
desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a
flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma
coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as
quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada
lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por
milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se
rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças
se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de
náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no
alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.
03. Depois o escárnio da
coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes
entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos
penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto
sangra o couro cabeludo).
04. Pilatos, depois de ter
mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser
crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da
Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o
Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular,
cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso, é de
cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro,
freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de
chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o
dorso.
05. Sobre o Calvário tem início
a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada
nas chagas e tirá-la é atroz. Alguma vez
vocês tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga? Não sofreram vocês
mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de anestesia? Podem agora vos
dar conta do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a
túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.
Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor atroz não provoca uma
síncope?
O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado! Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.
O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu pólice, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado! Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.
O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam
Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; consequentemente fazendo-o
tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o
braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima
esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande
coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus inclinou-se
para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de apoiar-se na
madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas
agudíssimas. Pregam-lhe os pés. Ao
meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são
impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio
inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode
engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma
esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma
tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos
dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides,
os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido
de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os
médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do
abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os
do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta.
O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice
dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido
pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e
enfim em cianítico. Jesus atingido pela
asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte
está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores atrozes devem
ter martelado o seu crânio!
Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável!
Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa. Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".
E morre.
Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável!
Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa. Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar. A asfixia periódica do infeliz que está destroçado. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Jesus grita: "Tudo está consumado!". Em seguida num grande brado disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".
E morre.
"Ele fez tudo
isso por amor a você! E você, o que faz
por ele?!?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe uma mensagens, se gostou das postagens.
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.